Diário Espiritual 2021 – Apóstolo São Pedro

Diário Espiritual 2021 – Apóstolo São Pedro

Olá, meu irmão e minha irmã!

Ao me apresentar, preciso contar para você que dizem que sou um dos mais dedicados e destacados servidores do Senhor. Cada apóstolo teve a sua entrega e missão e, assim como eles, fui realmente tomado pelo impulso renovador de evangelizar com muita paixão.

Desde o início, porém, deixo claro que passo longe da perfeição. Sou um filho de Deus cheio de incoerências e contrastes, mas que buscou o renascimento com o Cristo. Da coragem extrema a grandes atos de covardia minha biografia é escrita.

Possivelmente, poucos foram tão chamados atenção por Jesus quanto eu. Para ser repreendido, mas também para ter o ensinamento necessário, aprender e seguir disseminando a Sua Palavra.

De um simples pescador galileu chamado Simão virei Pedro, pedra fundadora da Igreja. No primeiro encontro com Jesus, meu nome foi alterado de Simão para Cefas, nome em aramaico correspondente a Pedro, no grego, que significa “pedra”, “rocha” ou “cascalho”.

Minha ousadia e impulsividade foram transformadas por Cristo. Meu ministério começou inconstante e depois passou a ser firme e indestrutível. Encontrei com Jesus algumas vezes antes de resolver segui-Lo.

Testemunhei milagres do Salvador. Caminhei com Ele por três anos para conhecer o Reino de Deus. Em vários momentos, fui fraco e me faltou a fé, mas tivemos um caminho cercado de descobertas. Minha casa em Cafarnaum, na Galileia, foi o cenário de um dos primeiros milagres, quando Jesus curou a minha sogra.

Ao lado de Tiago e João, vi a ressurreição da filha de Jairo, líder da sinagoga (Mc 5,35-43) e o fenômeno da transfiguração (Mt 17,1-5), assim como um momento único e até hoje recontado e representado, quando andei com o Cristo sobre as águas tempestuosas do mar da Galileia.

“Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: ‘É um fantasma’! E gritaram de medo. Mas Jesus imediatamente lhes disse: ‘Coragem! Sou eu. Não tenham medo’! ‘Senhor’, disse Pedro, ‘se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas’. ‘Venha’, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’. Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: ‘Homem de pequena fé, por que você duvidou?’. Quando entraram no barco, o vento cessou. Então os que estavam no barco o adoraram, dizendo: ‘Verdadeiramente tu és o Filho de Deus’” (Mateus 14,26-32).

Porém, mesmo após ser testemunha desses acontecimentos e merecer tantas vezes a atenção e direcionamento do Senhor, meu temperamento ainda continuava com falhas de fé e questionamentos. Cheguei a dizer que Jesus não deveria lavar meus pés, pois não achava que era uma atitude digna para o Filho de Deus. Depois de explicado, pedi que me lavasse não apenas os pés, mas as mãos e a cabeça. E não foi esse meu único questionamento ao que ordenada ou fazia Jesus. Meu Mestre chegou a repreender minhas falas e mostrar que eram ação do Inimigo.

Quando Jesus disse que seria traído por um de nós, por um dos doze apóstolos que ali estavam, acreditei até mesmo que fosse eu, dados os meus desvios. E mesmo eu afirmando “por Ti darei a minha vida (Jo, 36a,37a), o Senhor me disse:

Mais tarde, nos dias que mudariam todo o rumo da história da humanidade, quando os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás, quase todos os apóstolos fugiram. Segui-O de longe. Entrei no pátio da casa e uma serva do lugar me reconheceu, dizendo que eu andava com Jesus, o que neguei. Fui então para outro lugar da casa e, mais um vez, fui reconhecido, mas respondi: “Eu nem conheço esse Jesus!”. Outra pessoa insistiu dizendo que meu sotaque era da Galileia, assim como o de Jesus e, pela terceira vez, disse que não O conhecia. Bem naquele momento, um galo cantou e parti dali, em prantos, lembrando o que Ele tinha falado e acabava de se concretizar e mostrar o meu grande erro.

Naquele dia, não me distanciei de Jerusalém e me reuni com os discípulos em uma casa. Triste e calado, sentia a dor da perda do Mestre, mas também era devorado pelo arrependimento de tê-Lo negado.

Porém, ao amanhecer, as mulheres que testemunharam a ressurreição de Cristo vieram à nossa procura e elas tinham um recado da recomendação de um anjo:

“Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse’ “. (Marcos 16,7)

Aguardamos ansiosamente. Tinha visitado o sepulcro pessoalmente pela manhã até sermos surpreendidos pelo Cristo ressurreto. Fomos invadidos pela maior alegria possível, que encontrou o ápice momentos depois quando o Senhor interpretou as Escrituras e esclareceu a necessidade de passar por todo o sofrimento que passara (Lc 24).

Depois do nosso encontro em Jerusalém, minha angústia sobre o meu erro continuou. O Messias me perguntou três vezes se eu o amava (Jo 21,15-17). Naquele encontro, mais que Seu perdão, Jesus me mostrou a minha responsabilidade. Não havia mais espaços para falta de fé, instabilidades e dúvidas.

Meu impulso era mais forte e certo que nunca. Era o meu monte??? de ser mais forte e não temer, pois muito estava a ser feito e, mesmo que ainda não soubéssemos a real dimensão e consequências do que estava por vir.

Meu senso de liderança passou a ser notório, como precisava ser um líder cristão certo de suas decisões ministeriais. Com conhecimento e disposição para enfrentar tudo que está por vir pela causa cristã.

Em uma das primeiras vezes que preguei para as pessoas, quase três mil delas renderam-se ao Evangelho. E a mensagem que deixo a cada um de vocês é que a fé cristã é uma renovação constante do nosso compromisso. Que não precisamos ser perfeitos, mas devemos buscar o melhor todos os dias. E o melhor é ter um caminho pautado pela vontade do Pai e o que Ele veio nos ensinar e redimir.

A fé que Jesus Cristo nos apresentou é pautada na mudança interior, arrependimento pelos nossos pecados e falhas. Por isso, a nossa entrega verdadeira exige arrependimento sincero, nos despir de tudo para seguir a Sua Palavra.

Que nosso compromisso seja sempre renovado! Posso contar com você?

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Pedro nasceu em Betsaida..
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Era filho de Jonas (João) e irmão de André.
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Morava em Cafarnaum, onde tinha um pequeno negócio no ramo da pesca com seu irmão, em sociedade com Zebedeu e seus dois filhos, os apóstolos Tiago e João.
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Pedro era casado, mas a Bíblia não menciona muito mais sobre o restante de sua família, apenas diz que Jesus curou sua sogra (Mateus 8,14-15) e que Pedro viajava com sua esposa.
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Além de Simão Pedro, havia outro apóstolo com o mesmo nome: Simão, o Zelote.
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Além de organizar os fiéis em Jerusalém – o primeiro centro da nova religião –, Pedro pregou em cidades distantes como Corinto (na Grécia) e Antioquia (na atual Turquia).
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Pedro é considerado o primeiro Papa da Igreja Católica e é uma insígnia em sua memória, um pescador, que os Papas carregam como anel.
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A maior parte das informações sobre Pedro vem dos Evangelhos, dos Atos dos Apóstolos e das Epístolas (ou cartas) escritas pelos primeiros discípulos de Cristo, mas há inúmeros livros e conteúdos virtuais que se dedicam a contar sua história.
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Aquele que é considerado o maior dos apóstolos foi martirizado, provavelmente, à época do imperador Nero. Pedro foi preso pelos romanos e condenado à crucificação, mas julgou-se indigno de morrer com Jesus e pediu que o crucificassem de cabeça para baixo, no que foi atendido.
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Durante o século 20, investigações arqueológicas feitas a pedido do papa Pio XII descobriram um grande cemitério cristão nos subsolos do Vaticano, sob a atual Basílica de São Pedro e foi confirmado que ali estavam os restos mortais de São Pedro.

 

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