Olá, meu irmão e minha irmã!
A gente já se conhece… Acredito que já devo ter sido seu companheiro na compreensão da Palavra de Deus, a partir do meu Evangelho, o quarto entre eles. Fui um dos doze apóstolos do Messias, o mais novo deles, e também escrevi escreveu três epístolas e o livro do Apocalipse.
De uma vida simples, de pescador, a lado do meu irmão e também apóstolo Tiago Maior e vivendo com meus pais, Zebedeu e Maria Salomé, em Cafarnaum e Betsaida, tive a mais bela responsabilidade dada por Jesus: cuidar da Sua Mãe Santíssima, que é também mãe de todos nós.
“Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu como sua mãe.” (Jo 19,26-27)
Sei também da grandiosidade de ser o “discípulo amado” do Senhor e quero contar como procurei levar, multiplicar e engradecer esse amor tão maravilhoso, que é o amor de Cristo.
E essa fé chegou ao meu coração ainda antes de conhecer nosso Mestre maior. Fui discípulo de São João Batista, ao lado de André, irmão de Pedro. Recebemos o batismo de arrependimento e ouvimos falar de Jesus, a quem então passamos a seguir:
“Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (João 1, 35-37).
Minha juventude rende lembranças da intempestividade e ainda inexperiência sobre a mensagem de Deus. Por isso, fui chamado de “Filho do Trovão” pelo Senhor, assim como meu irmão (Marcos 3,16-17).
Certa vez, quando pessoas em uma aldeia da Samaria não foram receptivas à mensagem de Jesus, nós falamos em chamar fogo do céu sobre eles (Lucas 9,54). E temos outras passagens que nos lembram como o Cristo nos educou e assim fomos exemplo a toda a humanidade.
Quando Jesus falou de Sua própria morte iminente, sobre como Ele seria traído e entregue aos gentios para ser barbaramente torturado e morto, dissemos:
“Mestre, queremos que nos faças o que vamos te pedir […] Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda” (Marcos 10,35-37).
Assim como Jesus orientou, acolhi Maria como minha mãe e estive com Ela a todo momento. Quando o Mestre foi preso, no Monte das Oliveiras, e levado até a casa de Caifás, eu estava lá com Ele, assim como na Crucificação, quando Ele me deu a bênção de responsabilidade por cuidar de Nossa Senhora como Seu filho.
Ao lado de São Pedro Apóstolo, fui uma das principais colunas da comunidade cristã de Jerusalém, onde São Tiago era o líder, mas após o martírio do meu irmão, levei a Boa-Nova para a Ásia Menor, onde me dediquei à comunidade cristã de Éfeso, fundada antes por São Paulo, muito bem acompanhado da Nossa Mãe, cuja casa nesse local até hoje recebe visitas de fiéis do mundo inteiro.
Fui preso diversas vezes e nunca neguei minha fé em Cristo. Cheguei a ficar exilado na Ilha de Patmos, ao leste do Mar Egeu. Por todo esse tempo, meu amor a tudo que o Senhor veio nos ensinar apenas cresceu e chega até hoje a tantos corações!
“E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem”. (Jo 21,25)
– A festa de São João Evangelista é celebrada no dia 27 de dezembro.
– Não temos o local da morte do evangelista João determinado. A tradição mostra que ele morreu de morte natural, na cidade de Éfeso, no ano 103 d. C., quando tinha 94 anos.
– Sua mãe, Salomé, foi uma das mulheres piedosas e seguia o ministério de Jesus desde a Galileia.
– Boanerges, como Jesus chamou Tiago e João, significa “Filho do Trovão”.
– Entre os vestígios mais consistentes da sua presença na Ásia Menor estão os próprios discípulos que ele conquistou.
– Os discípulos de João construíram uma capela sobre a tumba do evangelista, que se tornou um centro de adoração cristã.
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