O primeiro domingo após a Páscoa também é importante para o calendário católico. É quando a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia. São João Paulo II foi o responsável por instituir, em 2000, a universalização da celebração, decretando inclusive o seu nome.
A data está baseada em revelações privadas feitas por Jesus Cristo a Santa Faustina Kowalska, que transmitiu as mensagens sobre a Divina Misericórdia ao povoado da cidade polonesa de Plock, no ano de 1931.
Disse Jesus a Santa Faustina:
“Causam-me prazer as almas que recorrem à minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre à minha compaixão, mas justifico-o na minha insondável e inescrutável misericórdia”.
A famosa imagem da Divina Misericórdia também foi revelada a Santa Faustina por Jesus Cristo, que pediu a ela para que a pintasse. Em seguida, Nosso Senhor explicou todo o significado por trás de cada detalhe, além de afirmar o que os fiéis podem alcançar por meio dela.
Durante essas mesmas revelações a Santa Faustina, o Senhor também ressaltou a sua segunda vinda, prometendo retornar em glória para julgar o mundo no amor, conforme está descrito no Evangelho de São Mateus, entre os capítulos 13 e 25.
A celebração da Divina Misericórdia, portanto, é um convite para os cristãos do mundo enfrentarem, com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a humanidade irá experimentar nos anos que virão.
Durante a celebração da Divina Misericórdia, é possível obter indulgência plenária. A condição, porém, é que os fiéis vivam com piedade intensa a sua passagem.
Foi igualmente um decreto de São João Paulo II que estabeleceu a possibilidade, segundo o então pontífice, “para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos”.
A indulgência plenária, como se sabe, cancela todas as penas temporais que a alma tem de cumprir no purgatório antes de chegar à santificação perfeita.
Um fato conhecido por todos os católicos: o coração de Jesus Cristo é um lugar de profunda misericórdia. Isso porque o Senhor se compadece das nossas fraquezas, já que ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado, conforme Hebreus 4,15.
É por essa razão que Jesus nos acolhe, em sua misericórdia. É Cristo quem primeiro vem a nós, conforme ele mesmo disse a Santa Faustina: “Não tenhas medo do teu Salvador. Eu, por primeiro, tomo a iniciativa de me aproximar de ti” (Diário 1.485).
Há muitas passagens bíblicas que descrevem a grande misericórdia de Deus. Jeremias a descreve assim:
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lamentações 3,22-23).
Como prova maior, claro, temos a própria vida de Jesus, pois embora o pecado tenha nos separado de Deus e por causa das muitas transgressões, havia a condenação de todos os homens à morte, o Senhor teve misericórdia e enviou Jesus Cristo para morrer em nosso lugar.
“Não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1,18-19). Maior prova de misericórdia não há.
“Hoje estou enviando-te a toda a humanidade com a Minha Misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la estreitando-a ao Meu Misericordioso Coração. […] Quanto maior for a miséria, tanto mais direito tem à Minha Misericórdia, e [incita] todas as almas à confiança no incompreensível abismo da Minha Misericórdia, porque desejo a todas, salvá-las. A fonte da Minha Misericórdia foi na cruz aberta com a lança para todas as almas − não excluí a ninguém. […] Quando uma alma se aproxima de Mim com confiança, encho-a com tantas graças, que ela não pode encerrá-las todas em si mesma e as irradia para as outras almas. As almas que divulgam o culto da Minha Misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende seu filhinho” (Diário 1485).
Jesus Misericordioso, eu confio em Vós.
Jesus Misericordioso, eu confio em Vós.
Jesus Misericordioso, eu confio em Vós.
Ó Deus de grande Misericórdia, bondade infinita, toda a humanidade clama do abismo da sua miséria a Vossa Misericórdia, a Vossa Compaixão. Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta terra. Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que com as nossas próprias forças não temos condições de nos elevar até Vós, por isso suplicamos, adiantai-vos ao nosso pedido com a Vossa graça e multiplicai em nós sem cessar a Vossa Misericórdia, para que cumpramos a Vossa Santa Vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa Misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a vossa vinda última, dia que somente a Vós é conhecido, e esperemos que alcancemos tudo que nos foi prometido por Cristo, apesar de toda a nossa miséria, porque Cristo é a nossa confiança; pelo seu Coração Misericordioso, como por uma porta aberta, esperamos entrar no Céu. E hoje faço o meu pedido
(faça o seu pedido)
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa misericórdia, para que glorifiquemos e propaguemos a Vossa misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Jesus Misericordioso, eu confio em Vós.
Jesus Misericordioso, eu espero em Vós.
Jesus Misericordioso, eu confio em Vós.
Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Deus santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Deus santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Deus santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
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