Driblando o estresse e evitando a Síndrome de Burnout

Driblando o estresse e evitando a Síndrome de Burnout

Nós seres humanos, assim como outros animais, somos seres energéticos, ou seja, nosso corpo é constituído de energia. E, a mesma energia que gastamos para superar desafios é aquela que usamos para criar e viver em equilíbrio físico e mental, bem como nos dar bemestar e satisfação. Se não repomos a energia, ela desgasta e perdemos a possibilidade de nos reequilibrarmos para atender as necessidades diárias.

Todas as vezes que temos um pensamento, qualquer que seja ele esse pensamento, ocorre uma reação bioquímica no cérebro, e, quando o corpo recebe uma mensagem química do cérebro ele obedece instantaneamente. Entretanto o nosso cérebro, mais especificamente suas células nervosas conhecidas como neurônios, não distinguem e se ativam só por pensamentos, podendo ser por ações ou sentimentos.

Basicamente o cérebro não distingue se estou pensando, sentindo ou fazendo, ele imediatamente a qualquer uma dessas situações ele reage quimicamente e eletricamente, avisando todo o nosso corpo que algo está acontecendo. E tudo isso, ou seja, o estímulo que o cérebro recebeu pode vir de fatores externos (conversa, trânsito, discussão, música, filme, planejamento, etc) ou de estímulos internos (respostas dos próprios órgãos internos e do próprio cérebro). E dessa forma, qualquer que seja o estímulo ele pode tirar o nosso corpo do equilíbrio químico. Isto é o que chamamos de estresse.

O estresse pode ser de curto prazo, agudo ou crônico. Chamamos de estresse de curto prazo, aquele que o organismo retoma o equilíbrio químico rapidamente, por exemplo um susto. Já no estresse agudo, o indivíduo demora a retomar seu equilíbrio químico. Pode ser devido à morte de um parente, um acidente, falência da empresa.

Essa demora pode variar de um mês a um ano ou mais, dependerá da saúde emocional do indivíduo. E o estresse crônico, é considerado o mais difícil de regredir, pois é devido a uma característica de personalidade. Pessoas que buscam reviver situações do passado mantendo sempre emoções negativas na memória, e com isso produzindo neurotransmissores que irão prejudicar sua saúde física e mental. Ou vivendo no futuro, antecipando situações e assim entrando em ansiedade por não ter o controle do resultado. Essas pessoas não vivem no AQUI e AGORA.

O maior dificultador para resolução desse estado é que a pessoa se vicia nos estados emocionais produzidos por essas substâncias químicas (neurotransmissores/hormônios) como a adrenalina, noradrenalina e cortisol, e inconscientemente provocam situações ou buscam lembranças que desencadeiem a produção dessas químicas em seu organismo.

São nossos pensamentos que coordenam essa harmonia e equilíbrio cerebral, os quais geram os hormônios e neurotransmissores, que são por sua vez mensageiros que ativam nosso corpo. Ao controlarmos nossos pensamentos, controlamos a produção de neurotransmissores e, por consequência, nosso corpo. Existe uma sincronia entre cérebro e corpo ocorrendo a cada instante.

Constatamos então a importância dos nossos pensamentos em nossa vida emocional e física.

O nosso cérebro não distingue o que é lembrado ou imaginado da situação vivida no presente, portanto quando ativamos nossas memórias é como se estivéssemos vivendo a situação no presente e enviamos um comando para o cérebro produzir hormônios e neurotransmissores para nos defender do fato. Recriamos situações já vividas e nos viciamos nessas emoções produzidas quimicamente em nosso corpo. Deprimimo-nos.

Por outro lado, se vivemos no futuro, prevendo situações conflituosas e catastróficas o mesmo acontece, relembrando que o cérebro não distingue imagens criadas e imagens reais. O cérebro comanda a produção de neurotransmissores e hormônios para nos defender e novamente nos viciamos nesses sinais eletroquímicos, e com isso ficamos ansiosos.

E dentre as situações e patologias decorrente dessa desarmonia entre os neurotransmissores e o cérebro, e entre o cérebro e o corpo está a síndrome de Burnout.

Essa é uma síndrome caracterizada pelo estado de esgotamento profissional por estresse que em geral está acumulado, ou melhor, um estresse acumulado, levando o indivíduo a uma exaustão, a qual provoca várias alterações no cérebro e mente, ocasionando alguns distúrbios mentais.

Vale ressaltar alguns desses distúrbios mentais para que possa reconhecer em você ou em algum colaborador da sua equipe ou familiar. A Síndrome de Burnout não é brincadeira, precisamos falar e conhecer mais sobre ela.

Vou citar alguns dos sinais:

Dores de cabeça frequentes;

– Cansaço constante, tanto físico quanto mental;

Distúrbios do sono;

Irritabilidade;

Dores musculares;

Falta de apetite ou fome em excesso;

Alterações de humor; 

Falta de memória; 

Dificuldades de concentração;

Depressão;

Melancolia frequentemente;

Ansiedade;

Estresse em nível elevado;

Nervosismo sem explicação;

Inquietação;

Alteração de humor;

Insatisfação;

Pensamentos negativos em relação à vida profissional; 

Gastrite;

Desconfortos e intolerância ao mundo social.

Na vida moderna, estamos cercados de dispositivos projetados para chamar nossa atenção e tudo parece ser para ontem ou de urgência. Com certeza estamos hoje correndo um risco muito maior de exaustão do que há 20 anos.

Por isso, é fundamental aprendermos a distinguir e priorizar o importante do urgente e dar devida atenção a cada assunto e pessoa que nos demandam ações e nosso tempo. É o que irá preservar nossa saúde mental no trabalho.

A Síndrome de Burnout pode resultar de vários fatores, como: Falta de controle; expectativas de trabalho pouco claras; problemas de relacionamento com os demais colaboradores; desequilíbrio entre vida profissional e pessoal; excesso de trabalho; falta de limite; falta de descanso e horas de sono reparador.

O indivíduo sozinho não é o único responsável pelo combate ao Burnout. Os esforços das empresas em um contexto de mudança organizacional, a melhora do clima organizacional é na instituição são importantes e eficazes. Porém, as atitudes individuais são primazia para a saúde do indivíduo. Isso significa que o combate ao estresse deve ser feito também pelo próprio colaborador.

Algumas medidas cientificamente comprovadas, podem ajudar na melhora da qualidade de vida do indivíduo, como incluir em seu cotidiano, momentos de lazer, uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física. Aprendendo assim a administrar as vinte e quatro horas do dia para não sobrecarregá-lo somente com trabalho.

Já faz algum tempo que as empresas descobriram que o workaholic, isto é, o sujeito que passa tempo demais no trabalho, traz poucas contribuições para a modernização da instituição. Diminuindo a pressão pelo total de horas de trabalho, aumenta a expectativa de que o profissional use parte do seu tempo para aprimorar seus conhecimentos relacionados ao trabalho.

O fato é que em muitas situações o grau de tensão no trabalho está alto e a autoconfiança está baixa. Os brasileiros estão entre os que mais sofrem com as pressões do dia a dia no trabalho, estando à beira da exaustão severa, que é o estágio mais devastador de esgotamento físico e mental. Não posso deixar de pontuar que a autoconfiança no trabalho é uma espécie de colete salva-vidas contra os principais fatores negativos. Sendo assim, os seus pensamentos estão no comando da sua vida saudável ou doentia.

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