O homem acompanha. Dá um jeito, perde muito e deixa passar experiências. Atropela afetos e boicota desejos. A sociedade contemporânea é veloz e, para estar nela, o passo é apressado. Curioso é não contestar.
Os dias são corridos, as atribuições são inúmeras, os compromissos infindáveis e a lógica imediatista/capitalista imperiosa (as redes sociais que o digam).
É proibido chorar. Sentir não é permitido. Querer saber sobre o que assola? Muito menos. Sofrer, jamais!
São tempos imagéticos… De sorrisos aparentes e sofrimentos (só) latentes.
Nesse ensejo, os sintomas psíquicos são diversos e vivem à base do silêncio. Angústia se confunde com depressão… Para o que consta no CID-10, há medicação! Expectativas são frequentemente diagnosticadas como “TAG” e recebem ansiolíticos para rápida solução.
Tornamos obscuro o que é dolorido. Tratamos como insuportável o que apenas precisa e deve ser sentido. Enquanto isso… Incômodo nem sempre é sintoma. Por vezes, é necessidade de fala e articulação de palavras.
Podemos estar perdidos em nossas validações contemporâneas. Precisamos desconstruir a conotação de desalento quando se trata de sentimento. Talvez a nossa demanda não seja de pílulas, mas de escuta e acolhimento.
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