Não é de hoje que cientistas e médicos do mundo todo tentam entender o fenômeno da estigmatização, mas apesar do esforço, não conseguem encontrar explicação científica para a sua ocorrência. Os estigmas, de fato, têm origem divina e não terrena e vários santos da Igreja Católica podem atestar isso.
O conhecimento sobre estigmas não é tão difundido, mas o uso do termo, neste caso, diz respeito ao surgimento das marcas das cinco chagas de Jesus Cristo pregado na cruz em outras pessoas. Elas podem surgir nas mãos e pés, como furos feitos por pregos; nas costas, tais quais as marcas deixadas por chibatadas; e na cabeça, como se uma coroa de espinhos tivesse sido utilizada.
Santos como São Francisco de Assis, Santa Rita de Cássia, São Pio de Pietrelcina e Santa Gemma Galgani foram alguns dos que receberam, em vida, os estigmas de Cristo.
São Francisco, inclusive, foi o primeiro, não somente santo, mas também católico, a protagonizar o fenômeno. Ele é considerado um dos santos cujo modo de vida mais se aproximou da de Jesus. Biógrafos como René Fülop-Miller, autor do livro “Os Santos que Abalaram o Mundo”, defendem que as cinco chagas sangrentas foram registradas nos seus últimos anos de vida.
Diante da inquestionável santidade de São Francisco, o Vaticano reconheceu os seus estigmas como milagrosos. Entre 1237 e 1291, nove bulas papais sancionaram a sua autenticidade.
Como contado por historiadores, Santa Rita de Cássia também tinha uma ferida na testa, ocasionado por um espinho despregado da coroa de Cristo crucificado, diante do qual ela orava e manifestava a sua fé.
A coroa de espinhos na imagem de Santa Rita, inclusive, ilustra essa prática. Uma das orações que ela fazia era a contemplação da Cruz de Cristo e seus sofrimentos, para a salvação da humanidade. Sua vontade de conexão era tão grande que um dia ela pediu para que Jesus lhe permitisse sentir um pouco das suas dores. Foi quando ela recebeu um dos estigmas da coroa de Cristo em sua testa.
Santa Gemma Galgani, cuja vida foi objeto de matéria no IDe+ recentemente, também experienciou o fenômeno dos estigmas. Após ter sido recusada em diversas instituições ligadas à Igreja por razões desconhecidas, ela fez para si mesma os juramentos do serviço religioso e os votos de castidade e caridade. A partir de então, fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida, a exemplo do recebimento das marcas.
Um pedaço do seu corpo faz parte do acervo de relíquias do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e de Jesus das Chagas, da Obra Evangelizar, e pode ser visitado pelo público.
Casos mais recentes também foram registrados. Padre Pio de Pietrelcina é um exemplo disso: seus estigmas surgiram em 1910, ainda invisíveis, mas puderam ser vistos por todos a partir de 1918 e assim permaneceram até 1968. Todos os três médicos que o examinaram nesse período atestaram que não havia explicação científica para a origem das chagas.
São João Paulo II e os papas Bento XVI e Francisco citaram em discursos ao longo dos seus papados os estigmas do santo capuchinho.
Essas chagas, é bem verdade, trazem muito sofrimento físico e moral às pessoas e resistem a tratamentos médicos, como as biografias de São Francisco, Santa Rita, Santa Gemma e São Pio podem atestar. Porém, a sua presença não apenas relembra tudo o que Jesus passou em sua paixão, mas também certificam a conexão extrema e divina existente entre Ele e os referidos santos.
> Leia mais sobre o assunto: Santos de corpos incorruptos: conheça mais sobre esse fenômeno
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.