Muitos assuntos são tratados na Bíblia, mas um dos temas sobre o qual nada versa é a respeito de eventuais descartes dos seus exemplares. Ora, por se tratar de um livro, é possível que danos sejam sofridos, como rasgos, sujeira ou a simples depreciação. O que fazer com as Escrituras Sagradas nesses casos, porém, é sempre uma questão.
O teólogo Allan Júnior da Silva reforça que não há uma indicação bíblica para o descarte da Bíblia – quando o restauro não é mais uma opção –, mas é preciso ressignificá-la. Entendimento que vale não apenas para a Bíblia:
“Todo objeto abençoado é um sinal da presença de Deus e só deve receber novo destino quando não representar mais o sagrado”.
Allan explica que essa ressignificação deve partir do próprio fiel. Ou seja: o primeiro passo é compreender que aquele objeto perdeu o caráter sacro e que é apenas um livro ou uma imagem. A partir daí, deve-se iniciar um processo de descaracterização do mesmo. No caso da Bíblia, a indicação é queimar as páginas antes de descartá-la.
Soluções como enterrar ou jogar o objeto em um rio não passam de superstições, conta o teólogo. “Não há um rito para o descarte. Retirar as suas características é o suficiente”, resume ele.
Voltando ao caso da Bíblia em específico, o que não pode mesmo, afirma Allan, é o fiel deixar de consumir os escritos sagrados, o livro novo ou depreciado. Pois isso pouco importa, já que “a palavra de Deus é viva e eficaz” (Salmos 119,89).
No caso das imagens em porcelana ou das peças em metal, por exemplo, que recebem a mesma recomendação, o fiel deve terminar de quebrar o objeto ou derretê-lo. Assim, poderá ser descartado ou reutilizado sem qualquer culpa.
Confira a matéria da TV Evangelizar que explica o que fazer com uma imagem quebrada.
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