O diagnóstico de diabetes costuma gerar diversas dúvidas. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença, que atinge quase 600 milhões de pessoas no mundo, é metabólica crônica, ou seja, não tem cura. No entanto, pode ser controlada e, em alguns casos específicos de diabetes tipo 2, pode entrar em remissão. Isso significa que os níveis de glicose se mantêm dentro da faixa normal sem a necessidade de medicamentos, embora a condição continue a exigir acompanhamento constante.
O diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la de forma eficaz. A insulina é o hormônio responsável por transportar glicose para dentro das células, onde será utilizada ou armazenada. Sem essa função adequada, a glicose se acumula no sangue e pode causar complicações graves a longo prazo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a SBD, há dois principais tipos de diabetes:
Diabetes tipo 1: geralmente aparece na infância ou adolescência. O sistema imunológico destrói as células do pâncreas que produzem insulina, o que exige o uso contínuo de insulina por meio de aplicações diárias. Esse tipo, que é uma doença autoimune, não tem remissão nem cura, e o controle depende de uma rotina rigorosa com insulina, alimentação equilibrada e atividade física.
Diabetes tipo 2: é o mais comum e normalmente surge na vida adulta, associado a fatores como sobrepeso, sedentarismo e alimentação inadequada. Nesse caso, o organismo ainda produz insulina, mas não é utilizada de forma eficiente (resistência à insulina). Com mudanças de estilo de vida (redução de peso, dieta balanceada e prática regular de exercício) é possível alcançar remissão em alguns casos, especialmente nos estágios iniciais da doença.
Uma definição consensual apresentada no Consensus Report publicado na revista Diabetes Care estabelece que a remissão do diabetes tipo 2 ocorre quando há retorno dos níveis da hemoglobina glicada (HbA1c) para menos de 6,5 % (48 mmol/mol), sem o uso de medicamentos antidiabéticos, por um período mínimo de três meses.
Importante: isso não significa cura, pois a condição pode retomar se os hábitos mudarem ou se houver regressão da função das células-beta do pâncreas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o controle do diabetes engloba quatro pilares fundamentais: alimentação saudável, atividade física regular, uso correto dos medicamentos conforme orientação médica e monitoramento glicêmico com acompanhamento periódico.
Essas medidas ajudam a evitar complicações como doenças cardiovasculares, insuficiência renal e perda da visão, que são consequências de longo prazo do descontrole glicêmico.
Acompanhe as orientações e notícias da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
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