Os sacramentos são sinais sagrados de Deus. Todos eles são uma graça que os cristãos precisam ao longo da vida, a fim de que sejam direcionados aos caminhos do Senhor. A Igreja Católica, portadora da administração e salvação desses cristãos, faz isso através de sete sacramentos: batismo, confirmação, eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio.
Jesus Cristo confia à Igreja a efetivação dos Sacramentos. Para serem confirmados, eles precisam de três coisas: a matéria, a forma e o ministro (com sua intenção).
A primeira é aquilo essencial ao Sacramento, o símbolo concreto utilizado nele. No matrimônio, por exemplo, essa matéria pode ser definida como a benção nupcial, o consentimento e a aliança. Já a forma é o rito que o Sacramento acontece, incluindo as leituras, orações, etc. Por fim, o ministro e a intenção dele. Nesse ponto, o ministro ordenado, sacerdote e a intenção com a qual ele está realizando o Sacramento em nome da igreja. Essa última é importante porque ninguém fará algo de cabeça, mas seguindo aos propósitos da fé da Igreja e como a Igreja determinou.
Por isso mesmo, em algumas ocasiões você pode ter visto algum Diácono ou Ministro realizando algum dos Sacramentos. No entanto, isso só é possível no batismo e matrimônio e desde que o bispo delegue essa função específica. Ela realiza o Sacramento, mas sob designação do bispo.
No entanto, se você já assistiu ao filme Titanic, por exemplo, viu uma cena em que pessoas leigas recebiam a confissão das demais, em um ato de exceção ao sacramento.
Mas o que a Igreja Católica entende como exceção? Paulo Pacheco, teólogo e supervisor do Aconselhamento Espiritual da Obra explica como isso pode acontecer.
“A Igreja orienta, na ausência de um Sacerdote, que a pessoa peça o perdão diretamente a DEUS”.
Papa Francisco, durante a pandemia de Covid-19, em que as pessoas estavam impedidas de sair de casa, fez a mesma orientação:
“É muito claro: se você não encontra um Sacerdote para se confessar, fale com Deus, ele é seu Pai. Diga-lhe a verdade: ‘Senhor, eu fiz isso e aquilo. Perdoa-me. Peça-lhe perdão de todo o coração, com o Ato de Contrição e promete-lhe: ‘Depois, eu vou me confessar, mas perdoa-me agora‘. E logo você retornará à graça de Deus. Você mesmo pode se aproximar, como o Catecismo nos ensina, do perdão de Deus sem ter um sacerdote. Pensem nisso: este é o momento! E este é o momento certo, o momento oportuno. Um Ato de Contrição bem feito e a nossa alma se tornará branca como a neve”.
Dessa maneira, a recomendação da igreja é, portanto, conversar diretamente com Deus, porque Ele é o nosso Pai e é ele quem compreenderá a situação da melhor maneira possível.
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