Existência dos dinossauros: mistério, ciência e fé

Existência dos dinossauros: mistério, ciência e fé

Os dinossauros, criaturas colossais que habitaram a Terra há milhões de anos, são um dos enigmas mais fascinantes da História. A ciência paleontológica desvenda muitas questões sobre eles. Por outro lado, há muitas dúvidas sobre a real existência e qual a explicação da fé cristã sobre esse assunto.

A Paleontologia, ciência que estuda fósseis e restos de seres vivos antigos, fornece evidências da existência dos dinossauros. Fósseis foram encontrados em todos os continentes, revelando uma diversidade impressionante de espécies. Além disso, os registros revelam a história evolutiva desses gigantes, desde seus ancestrais até sua extinção há cerca de 65 milhões de anos.

De acordo com estimativas científicas, a Terra tem aproximadamente 5 bilhões de anos e passou por vários eventos de extinção em massa ao longo de sua história. Há cerca de 250 milhões de anos, durante o período conhecido como Mesozoico, os dinossauros surgiram e dominaram o planeta. Essa era abrange o Triássico, o Jurássico e o Cretáceo.

Escavação de fóssil de dinossauro.

Constantemente, fiéis questionam o que a Bíblia diz sobre o tema. Na revista “Pergunte e Responderemos” (nº 469 – Ano 2001 – p. 249), D. Estêvão Bettencourt, que foi um dos mais destacados teólogos brasileiros do século XX e monge da Ordem de São Bento, tirou dúvidas sobre o assunto.

Como explicou na publicação, a existência dos dinossauros, conforme revelada pela ciência, não entra em conflito com religião. A Bíblia, em seu livro do Gênesis, não pretende fornecer detalhes científicos sobre a ordem ou a forma como as criaturas surgiram. Em vez disso, enfoca questões de significado espiritual e moral.

“A seção de Gn 1-11 chama-se ‘pré-história bíblica’ porque se refere a acontecimentos anteriores à história bíblica, que começou com o Patriarca Abraão (séc. XIX ou 1850 a.C.). Por conseguinte, a pré-história bíblica não coincide com a pré-história universal, que vai desde tempos imemoriais até o aparecimento da escrita (8000 a.C.). O gênero literário dessa seção é o da história religiosa da humanidade primitiva. O autor sagrado não intencionou propor teses de ciências naturais, mas quis apresentar, em linguagem simbolista, alguns fatos importantes que constituem o fundo de cena e a justificativa da vocação de Abraão”, diz a publicação.

A ciência e a religião podem coexistir em harmonia, cada uma respondendo a diferentes aspectos da vida. A Ciência também é criação de Deus. A Bíblia, por sua vez, não é um livro de ciências, mas apresenta princípios ético-religiosos que iluminam essas atividades.
A existência dos dinossauros, à luz da ciência, pode ser vista como parte do processo evolutivo da Terra, enquanto a fé podem fornecer respostas sobre o propósito e o significado da vida.

São João Paulo II fala aos cientistas

Para o teólogo e supervisor de Orientação Espiritual da Associação Evangelizar É Preciso Paulo Pacheco, é fundamental que haja um equilíbrio de ideias. Devemos lembrar que qualquer radicalismo não contribui para a construção de um mundo melhor. Ele aponta que o Papa São João Paulo II teve essa preocupação num texto que citou:

“João Paulo II, em 1985, confrontou os cientistas que falam da totalidade do mundo com um processo casual, sem sentido e sem fim: ‘Perante este Universo, em que estão patentes uma tão complexa organização de seus elementos e uma tão maravilhosa orientação final na sua existência, falar de acaso seria o mesmo que abdicar de procurar a explicação do mundo, tal como se nos apresenta. De fato, isto seria o mesmo que aceitar efeitos sem causa. Tal postura significaria a renúncia do entendimento humano que, assim, rejeitaria o pensamento e a procura de uma solução para os problemas’”. (YOUCAT, 43)

Em contrapartida, continua o teólogo, não se pode levar ao pé da letra o que os hagiógrafos (livros do Antigo Testamento, exceto o Pentateuco e o dos Profetas), inspirados pelo Espírito Santo, narraram no que é o Livro do Gênesis, que possui um estilo literário próprio do homem daquela época. O que São João Paulo II tenta dizer é justamente para que se evite o radicalismo do evolucionismo científico e do criacionismo teológico.

“Essas duas áreas precisam conversar entre si, pois o que importa é a verdade e uma não exclui a outra, mas devem complementar-se”, conclui. 

Padre que descobriu ovos de dinossauros

O portal católico Aleteia já contou que foi um padre católico o primeiro a descobrir ovos de dinossauro. A publicação explica que essa descoberta ajudou a popularizar as exposições da Paleontologia e foi feita pelo Padre romano Jean-Jacques Pouech, que era diretor do seminário de Pamiers, no sul da França. Em seus tempos livres, ele explorava a Geologia e a Paleontologia das rochas do Cretáceo Superior preservadas no sopé das montanhas dos Pirineus.

Ovos de dinossauro fossilizados.

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