Dia 26 de janeiro é considerado o Dia da Gula, você sabia? Mesmo sendo um pecado (já falamos sobre isso aqui no IDe+), a busca do prazer pela comida também pode ser um transtorno ou um problema.
Dessa maneira, a partir da visão da psicologia, a gula é compreendida como um descontrole, uma impulsividade voltada aos alimentos. “É uma busca incessante pelo prazer, guiada pelo impulso para atingir a satisfação imediata”, explica a psicóloga Giovana Bonini.
Esse é um sentido parecido com o explicado pela Igreja, que considera a gula também um excesso, especialmente porque quando acontece, a pessoa sai do seu eixo. Giovana complementa que a gula representa, a partir dessa compreensão, uma idolatria.
“Você deixa de supor que se alimenta para viver e passa a imaginar que você vive para comer, como uma idolatria. Você deixa de procurar os valores celestiais e busca o prazer da terra, o prazer imediato”.
A maioria dos desejos provocado pela gula representa um excesso. Muitas vezes, leva a outros problemas, como transtornos alimentares, por exemplo.
“Um episódio compulsivo alimentar é quando você come demasiadamente alimentos que você e a maioria das pessoas não conseguiria comer, em termos de quantidade, circunstância na qual se encontra e tempo que levou para comer. Outra característica marcante é a sensação da falta de controle sobre o que está ingerindo”, completa Giovana.
Como consequência dessa gula, há o arrependimento, a culpa, tristeza ou vergonha de ter feito isso.
Como a gula traz como resultado o excesso de alimentação, há prejuízos e consequências. Eles incluem prejuízos à saúde física, à qualidade de vida e aos relacionamentos sociais.
“A pessoa cada vez mais sente vergonha do seu comportamento e de sua aparência, consequentemente acaba se isolando de familiares e amigos”.
Vencer a gula e o exagero não é uma tarefa fácil. De acordo com a psicóloga, começa sempre pela tomada de consciência. Por isso, ao comer de maneira automática, na frente do computador ou da televisão, você acaba por não apreciar verdadeiramente a comida, sequer aproveitar a textura ou o seu cheiro.
Se esse é o seu caso, a dica é fazer da refeição um momento mais especial e proveitoso. Outra dica da psicóloga é não demonizar alimentos, os classificando entre bons e ruins .
“Quanto mais você disser não, o impulso irá falar mais alto. Não existe alimento que engorda, mas sim a relação que você estabelece com aquele alimento”, destaca Giovana Bonini.
Caso não consiga vencer esses obstáculos, a ajuda profissional é fundamental. “O processo de tratamento para uma pessoa que está passando por episódios de compulsão alimentar é buscar atendimento psicológico, se necessário fazer acompanhamento psiquiátrico – no qual existem medicações que auxiliam o controle da impulsividade”.
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