A complexa e constante busca pela felicidade: quem aí pode dizer que nunca a procurou, vibrou ao encontrá-la ou desejou que fosse mais presente? Esse estado de plenitude, tão valioso e almejado, está afinal, perto ou distante? É palpável ou imaterial?
A busca pelas respostas a essa pergunta nos acompanha ao longo da vida e, há quem diga, que esse estado emocional e sentimental é grandioso, justamente, por sua simplicidade. Por isso, está mais perto e acessível do que imaginamos.
Esse ‘dizer’ popular sobre a felicidade estar em coisas pequenas e simples da vida, você também já deve ter ouvido falar. Mas, já viu pesquisas cientificas que embasam e fundamentam essa concepção?
O professor da Harvard Medical School Sanjiv Chopra foi categórico ao afirmar em uma palestra no TEDx, que o dinheiro não é garantia de felicidade e que sua presença, em maior ou menor escala, por muitas vezes, não se apresenta como fator decisivo sobre o estado emocional pleno de alegria. Para o professor, aquilo que podemos conquistar ou comprar a partir dele, é passível da rotina e tendemos a nos habituar com o passar do tempo, esvaziando a sensação passageira de plenitude e felicidade.
Aém da vida pessoal, é comum ouvirmos também que, para sermos felizes e realizados plenamente em nossas profissões, precisamos ceder e abrir mão de investimentos ou realizações em outros aspectos da vida.
Para Luiz Gaziri, professor na FAE Business School, autor, consultor e especialista em comportamento humano, muitos estudos realizados na universidade americana de Illinois já comprovam que alunos que eram considerados felizes durante a faculdade trilharam uma carreira com mais propósito.
Conforme esse especialista, o atual e o futuro perfil do profissional de sucesso não é mais aquele que combina jornadas de trabalho extensas, sem pausas para o almoço. Os números comprovam e estão a favor de uma nova tendência de perfil para o mercado, já que trabalhadores felizes são 13% mais produtivos, de acordo com a Universidade de Oxford.
Mesmo sabendo que, para encontrar e viver a felicidade plenamente, não existe uma receita universal, já que cada pessoa a sente de uma forma particular, a ciência aponta algumas práticas e hábitos considerados simples que podem ajudar as pessoas a viverem mais felizes no aspecto pessoal e profissional:
A ideia de termos um propósito, de nos desafiarmos e crescermos nessa busca por alcançarmos algo, pessoal ou profissional, nos gera a sensação de florescimento, de evolução. Isso nos aproxima da felicidade ao nos mostrar que estamos fazendo algo significativo para o mundo e para as pessoas.
Conforme o especialista Gaziri, ajudar as pessoas ao nosso redor nos faz mais felizes do que quando somos ajudados, comprovadamente. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia feita com um grupo de funcionários de uma empresa os estimulava a ajudar outros colegas e, durante as observações, os pesquisadores notaram que a colaboração aumentou 278%.
Isso porque, ajudar o próximo tem efeito cascata, ou seja, nos sentimos mais abertos e propícios a ajudar outras pessoas quando vemos alguém ajudando. Esse é um bom comportamento que, positivamente, reproduzimos. Fazer o bem aos outros, significa fazer o bem a si próprio e, segundo Chopra, as pessoas mais felizes são aquelas que descobriram seu propósito e como servir ao mundo a partir dele.
Expressar gratidão regularmente nos torna mais felizes, criativos e realizados. Estudos apresentados por Chopra, em entrevista à Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, revelam que nossas condições de vida influenciam em apenas 10% da nossa sensação de felicidade.
40% depende de fatores como propósito e o hábito de fazer o bem, já citados aqui. Os outros 50% de nossa felicidade são determinados por nossa genética e, esses fatores, conforme o professor, podem ser estimulados por atividades como exercícios regulares, terapia cognitiva comportamental, meditação e expressando gratidão regularmente.
Mas, atenção, é importante praticar a gratidão no off-line e gratuitamente. Estudos da Universidade de Stanford e Miami mostram que a gratidão pode ser exercitada diariamente com a prática de escrever acontecimentos do dia pelos quais você é grato. Essa prática pode despertar imediatamente a felicidade.
De acordo com a Universidade de Cornell, conseguir proporcionar experiências, como ir ao cinema ou viajar, é uma forma de promover a felicidade. “Nos lembramos de uma viagem feita há dez anos, mas não de uma camisa comprada nesse mesmo tempo”, diz.
A ciência já comprovou que o reconhecimento traz felicidade e, infelizmente, esse é um hábito pouco praticado atualmente. O medo da reação do outro ao receber o elogio e a individualidade exagerada cultivada atualmente em grande parte das relações sociais que vivemos, principalmente no trabalho, nos ajuda a potencializar o não compartilhamento de elogios, o que nos afasta da felicidade. Reconhecimento é valioso para quem o identifica e compartilha, assim como para quem o recebe.
Muitas vezes, acreditamos que somos mais felizes ao passar dias sozinhos, em casa, com séries e filmes por horas e horas. Mas, essa visão nos trai pessoalmente e trai nossos sentimentos. Muitos estudos demonstram que as pessoas ficam felizes quando interagem com qualidade umas com as outras. As atividades que envolvem outras pessoas são as que nos deixam mais felizes, como as dicas e práticas mencionadas acima. Hoje, o celular é um potencializador do afastamento pessoal e profundo, por isso, precisamos usá-lo com sabedoria.
Para encerrar esse conteúdo sobre felicidade, que tal começar buscando ter um bom dia? Confira este vídeo especial do Momento IDe+ para viver hoje o melhor dia da sua vida.
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