O que é, o que é? Inimigo silencioso bastante associado a alimentos fritos? Sim, a resposta é colesterol. Esse tipo de gordura presente na estrutura das membranas celulares é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo. Porém, o consumo em excesso pode provocar, de forma praticamente imperceptível, grandes prejuízos à saúde. O baixo consumo também.
A informação sobre a pouca ingestão de colesterol pode surpreender, assim como a constatação de que diversos outros alimentos são ricos na gordura e não apenas os fritos. Mas esses são apenas alguns dos mitos que giram em torno do colesterol. A nutricionista Camila Mariano, que comanda uma linha de refeições e lanches saudáveis, desfaz vários deles.
Camila explica que o nível muito baixo de colesterol pode se associar a problemas de saúde, como depressão, câncer e déficit de vitaminas. Além disso, ele está ligado à produção de hormônios sexuais, como a testosterona (masculino) e progesterona (feminino). Porém, segundo ela, o nível mínimo considerado saudável ainda é objeto de debate no meio científico.
Sobre a fritura ser o único sinônimo de colesterol, a nutricionista conta que, na verdade, o problema está nas gorduras trans e saturadas, muito mais do que o próprio colesterol presente em alguns alimentos.
“Na hora de fritar, é comum o uso de gordura vegetal hidrogenada, rica em gorduras trans, que devem ser evitadas em qualquer preparação culinária. Embutidos, carnes gordas, margarina e até doces são tão prejudiciais quanto”, esclarece ela.
O uso dos termos ruim e bom quando se fala de colesterol é bem recorrente. Eles se referem ao tipo de proteína que transporta o colesterol. Como explana Camila, o colesterol transportado pela LDL é chamado de ruim, pois essa proteína favorece o acúmulo de colesterol no corpo e nas artérias. Porém, se esse mesmo colesterol é transportado pela HDL, é chamado de bom, pois essa lipoproteína trabalha removendo o excesso de colesterol do corpo e favorece a sua expulsão pelo próprio organismo.
Nem todas as pessoas com excesso de peso têm colesterol alto, assim como alguns indivíduos magros podem apresentar índices preocupantes. Embora a obesidade aumente a chance da incidência alta de colesterol, não se trata de um fator determinante.
Apesar de grande parte dos problemas com colesterol estar associado a estilos de vida inadequados, há alguns casos em que a medicação é indispensável. O fator hereditário pesa nisso. Consumir gorduras saudáveis, encontradas em azeites de oliva e peixes, por exemplo, ajuda bastante, assim como a prática de atividades físicas de 3 a 5 vezes por semana.
Quanto às fibras, é verdade, sim. As insolúveis auxiliam na redução do colesterol no intestino e as solúveis contribuem para gerar substâncias que reduzem a síntese corporal do colesterol. Com relação ao óleo de coco, entretanto, não há qualquer comprovação científica.
Alvo de muita controvérsia nas últimas décadas, o ovo hoje está liberado. Embora rico em colesterol, concentrado na sua gema, os benefícios do seu consumo são bem maiores que possíveis malefícios, que seguem em constante contestação.
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