Irmãos tão diferentes e unidos para o bem do Povo de Deus: viva São Romão e São Lupicino

Irmãos tão diferentes e unidos para o bem do Povo de Deus: viva São Romão e São Lupicino

Muitos santos são lembrados individualmente por suas virtudes. Já São Romão e São Lupicino, nascidos por volta do ano 390 em Izernore, na França, se destacam exatamente por como se complementaram e usaram suas diferenças para o bem do Povo de Deus.

Esses irmãos, embora diferentes em temperamento e forma de entender a fé, uniram forças para fundar mosteiros e deixar um legado. Suas vidas são o exemplo vivo e potente da importância de respeitar as diferenças para alcançar objetivos comuns, principalmente quando é pela Palavra do Pai.

Romão, o mais velho dos dois, recebeu uma educação formal e cuidadosa no mosteiro de Ainay, sob a tutela de São Sabino. Contudo, em 425, tomou a decisão de deixar sua família para se tornar eremita nas montanhas do Jura. Ele percorreu um caminho na direção leste, atravessou florestas até chegar à região da atual Bienna. Em Saint-Claude, encontrou refúgio sob um abeto solitário, onde os galhos formavam uma abóbada natural. Ali, junto a uma fonte, Romão viveu como eremita que cultivava a terra.

Porém, a solidão de Romão foi quebrada alguns anos depois com a chegada de seu irmão, Lupicino. Juntos, rezavam diariamente, cuidavam da terra e se sustentavam pelo fruto do trabalho. Em 445, fundaram os mosteiros de Saint-Claude e Lauconne (hoje São Lupicino), que administraram em conjunto.

O doce, o severo e a irmã religiosa

A diferença de temperamento entre Romão, indulgente e doce, e Lupicino, severo e intransigente, passou a ser uma grande força. No lugar de criar divisões, eles trabalhavam para que os pontos positivos e os negativos de cada um se complementassem para servir a Deus em harmonia. A cada momento, um abria mão de si para acolher o outro, em uma clara marca de santidade.

Enquanto Romão recebia inspirações e era cheio de emoções e pensamentos, Lupicino encontrava uma maneira de fazer as ideias do irmão “pararem em pé”.

Além de sua parceria fraterna, a irmã deles, Iole, era abadessa no Mosteiro de Baume, mais tarde chamado Saint-Romain-de-Roche. O lugar, localizado no cantão suíço de Moirans-en-Montagne, abrigou até 125 religiosas. Dessa forma, a família estendia sua influência espiritual para além dos mosteiros masculinos.

Romão viveu até os 73 anos e, ao pressentir sua morte, visitou a irmã para morrer em seu mosteiro em 28 de fevereiro de 463. O culto a São Romão se espalhou por toda a Europa, com fiéis que passaram a relatar graças pela sua intercessão. Sua devoção permanece viva, assim como a influência desse homem santo que cultivou a fé no silêncio das montanhas. Já Lupicínio foi para eternidade em 480. O culto aos santos espalhou-se pela França, Bélgica, Suíça, Itália e por toda a Europa.

Oração

“Senhor nosso Deus, ter pessoas ao nosso lado é uma bênção! Como São Romão e Lupicínio tinham um ao outro, eu te louvo pelos filhos teus enviados para conviver comigo, me animar, sustentar a minha vocação e me impulsionar para que eu prossiga. Louvado seja o teu nome Senhor, pela vida em família e em comunidade. Amém”.

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Comentários

  • Tatyana Casarino
    Muito legal! Maravilhosa a história deles. Eu não conhecia esses santos.

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