Já ouviu falar em retinoblastoma?

Por Ana Kelly Aires Fernandes,

médica oftalmologista especialista em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo,

com residência médica no Hospital Humberto Castro Lima/IBOPC (BA) e

Fellowship em Oftalmopediatria e Estrabismo no Hospital de Olhos do Paraná (PR).

Recentemente, o casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin compartilhou um depoimento sobre o câncer ocular de sua filha Lua, de apenas 1 ano de idade, alertando os pais sobre a importância da saúde ocular dos pequenos. 

Os tumores intraoculares infantis são raros, porém, seu diagnóstico precoce é de extrema importância na prevenção de consequências graves. O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum na infância e responde por 3% dos tumores infantis. Atinge a parte posterior do olho chamada retina, podendo ocorrer em um ou nos dois olhos.. Trata-se de uma alteração genética com possível caráter hereditário que, geralmente, ocorre em crianças menores de 5 anos de idade, afetando igualmente meninos e meninas.

Os principais sintomas são:

• Leucocoria (reflexo pupilar branco).
• Estrabismo (alteração no alinhamento dos olhos).
• Ambliopia (olho preguiçoso).
• Redução da acuidade visual.
• Dor.
• Inflamação.

Esses casos requerem encaminhamento imediato a um oftalmologista infantil.

Foto de ANTONI SHKRABA no Pexels

Para o adequado acompanhamento da saúde ocular e desenvolvimento visual na infância, é essencial realizar consultas de rotina oftalmológica começando pelo teste do olhinho ao nascimento. O diagnóstico é feito através do exame oftalmológico completo, incluindo a dilatação das pupilas, independente da idade da criança.

O tratamento do retinoblastoma é realizado em centros especializados e as taxas de cura são superiores a 95% com tratamento adequado e diagnóstico precoce.

Fonte: SBOP (Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria) e AAO (Academia Americana de Oftalmologia).