Jornalismo com propósito: como é ser repórter de um veículo católico

Jornalismo com propósito: como é ser repórter de um veículo católico Foto: acervo pessoal

Imagine ter a missão de contar às pessoas uma história, a partir dos olhos da fé, de uma criança que enfrentava um câncer grave e foi curada após muitas lutas. Enquanto estava internada, ela tinha recebido como presente de aniversário um livro do Padre Reginaldo Manzotti chamado “O Poder da Cura”, que levou esperança e força para que aquele final pudesse ser transformado. Para transmitir essa mensagem, os repórteres que vivem e mostram o poder de Deus e a importância da espiritualidade precisam ter algumas características que vão além das questões técnicas.

Repórteres vivem, diariamente, os desafios das notícias, que surgem por todos os lados. Jornalistas precisam estar atentos ao que acontece ao redor e parte deles se especializa nas coberturas de acordo com temas específicos, como economia, esporte, política, polícia, bem-estar… Em meio a inúmeras possibilidades, alguns desses profissionais têm um desafio especial: noticiar e lidar com a fé das pessoas, aquilo que sustenta, move e, muitas vezes, dá sentido à vida. Na Rede Evangelizar, diversos profissionais têm essa missão e a cumprem como muita entrega e propósito.

O repórter Lucas Marconsoni é um deles. Ele foi o responsável por transmitir as emoções de cura dessa criança que renasceu após um câncer considerado gravíssimo. Para ele, a reportagem marcou sua vida profissional de uma forma incomum. É um exemplo de como é indispensável ter foco na fé, emoção, empatia, sensibilidade e capacidade de ouvir para atuar em um veículo católico.

“Muitas vezes, entrevistei pessoas que estavam muito nervosas. É preciso acalmar o entrevistado, conversar, respeitar as suas crenças e sentimentos”, comenta.

Enquanto trilhava seus caminhos na área de comunicação, na qual atua desde os 18 anos quando ainda era auxiliar técnico em uma TV, trabalhar na TV Evangelizar era um sonho.

“Sempre gostei dessa maneira de comunicar e falar de Deus por meio das matérias, que é muito importante”, acrescenta. Para que o desejo profissional se tornasse realidade, em 2022, ele passou por um processo seletivo e conquistou a oportunidade, que é reafirmada dia a dia.

Repórter Lucas Marconsoni em ação./Foto: acervo pessoal

Muito antes de chegar à Obra Evangelizar É Preciso, Lucas lembra como já ficava fascinado pela reportagem e queria estar à frente das câmeras. Passou por rádios e realizou diversas coberturas diárias. Em um mesmo dia, foi responsável por noticiar um grave acidente em uma estrada paranaense e um incêndio.

As habilidades para essas tarefas, para ele, passam por escrever de forma clara, concisa e despertar a curiosidade das pessoas. Acima de tudo, acredita em um fator que faz toda a diferença: a persistência.

“Porque é um meio difícil de entrar e quando você chega, vê que conseguiu persistir e não parou. Levei vários ‘nãos, você não vai conseguir, não vai chegar lá’. De fato, persistência é uma ótima característica, além de se comunicar bem, trabalhar sob pressão, cumprir prazos apertados e construir uma rede de contatos confiável”.

Histórias mudam o mundo

Lucas faz parte da equipe de Jornalismo da TV Evangelizar, coordenada pela jornalista Cida Bacaycoa, que já conta 30 anos de profissão, “com muito amor e alegria”. Nascida na periferia de São Paulo, ela lembra que desde criança queria trabalhar em televisão e até treinava em frente ao espelho ao lado da irmã, que sonhava ser delegada.

Cida já trabalhava em um banco quando decidiu que faria faculdade de Jornalismo, com a ideia de “mudar o mundo”. Começou a carreira em uma rádio, trabalhou no jornal Folha de São Paulo, onde conheceu grandes nomes da área, e TVs, como a Band. Para ela, o que faz um bom repórter é quando o profissional se sente mais que observador e é alguém que se aprofunda e compreende de fato o que vai contar, de uma maneira despida de preconceitos.

“É acolher quem vai falar com você, fazer com que aquela pessoa sinta que te conhece há mil anos. Você tem que fazer o máximo pra que ela abra o coração e conte pra você o que, muitas vezes, não contaria pra ninguém. É preciso ter um grau de humanidade pra contar uma boa história”, avalia.

A experiência de Cida Bacaycoa como repórter a credenciou para estar à frente do Jornalismo da TV Evangelizar./Foto: acervo pessoal

E como surgiu a Evangelizar na história dessa jornalista que tem o nome em homenagem a Nossa Senhora Aparecida? Ela fala que não imaginava que trabalharia em um veículo católico. Em 2001, conheceu Padre Reginaldo Manzotti, fundador da Obra, quando trabalhava na Rede Educativa e passou a acompanhá-lo na gravação das Santas Missas.

Depois de anos e muitos outros trabalhos, foi convidada pelo diretor da TV, o jornalista José de Melo, para trabalhar na TV Evangelizar em 2016. A partir de então, ela mergulhou no catolicismo e na história da Igreja para fazer o melhor trabalho possível. Começou como diretora programas, como Noite de Louvor, Fé na Vida, Domingo em Família, musicais e especiais, até que José fez a proposta de assumir o Jornalismo. “Foi só alegria e felicidade”, lembra.

Sobre os desafios diários de falar sobre a fé de tantas pessoas, ela conta que é um trabalho sobre emoções.

“Acho que a essência de um repórter é tocar a alma do outro. O que eu tenho buscado, que sempre foi meu propósito, é contar histórias bonitas, exemplos, vitórias, conquistas pela fé, pela religiosidade e espiritualidade, pelo pensamento positivo, por nunca desistir, por saber que temos um Deus que cuida de nós, que temos uma Mãe que nos guia, nos orienta. Outras TVs já falam de coisas ruins. Eu quero trazer coisas boas. Não estamos aqui pra dimensionar a dor de um e de outro. O que nós queremos é mostrar o caminhar das pessoas e como elas lidam com as dores, as batalhas, com o amor, com fé, unidade, caridade”, compartilha Cida.

Entre os momentos marcantes que a coordenadora e a equipe vivem no jornalismo da Obra, ela destaca a série sobre sobreviventes da Covid.

“Eu busco com a equipe que a gente não perca a humanidade na hora de contar, falar, trazer uma informação. Eu gosto de tudo que tem sido produzido na TV. A gente quer tocar o coração das pessoas com amor, para que elas saibam que nós estamos unidos, como filhos de Deus Pai todo poderoso”, finaliza.

Cida Bacaycoa tem nas mãos o reconhecimento por seu trabalho./Foto: acervo pessoal

Dia do Repórter

O Dia do Repórter é comemorado em 16 de fevereiro. Esse profissional levanta informações por meio de entrevistas, análises e interpretações de dados. A profissão exige habilidades como pesquisa, investigação e comunicação eficaz para relatar com precisão, e diversos cuidados, os acontecimentos. O dia em homenagem aos profissionais da área destaca a importância do jornalismo na formação de opinião e para a democracia.

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