A Quaresma é um tempo de agonia e purificação. São dias de buscar se conectar com a espiritualidade, de se voltar à reflexão e ao verdadeiro encontro com o Ressuscitado. Esses são os motivos que baseiam a omissão do hino “Glória”, que celebra a vinda do Senhor e a Igreja, e da palavra Aleluia, que tem origem no hebraico e significa “louvai ao Senhor”.
Tempo litúrgico muito forte, na Quaresma a Igreja fica mais introspectiva, em contemplação, como explica o diácono Paulo Pacheco, que é supervisor do Aconselhamento Espiritual da Associação Evangelizar É Preciso.
“Nesse tempo bem específico da Quaresma, nós temos as cores litúrgicas, que é o roxo, temos momentos de oração, de penitência e de caridade. Por isso, evita-se o Glória, que é uma manifestação também de louvor, e o Aleluia”, esclarece.
Como acrescenta o diácono, para entender e absorver essa recomendação, é importante considerar alguns pontos.
“A Quaresma, como 40 dias, nos remete aos dias de Jesus no deserto sendo tentado. Também simboliza o exílio, quando o Povo de Deus estava à espera do Deus Salvador. Esses dois momentos nos fazem ficar na contemplação, aguardando a Páscoa”, explica Paulo.
A partir da Ressurreição de Jesus, que é a Páscoa, os fiéis passam a cantar o Glória e o Aleluia como louvor ao Senhor.
As vestes litúrgicas têm um significado sagrado e devem ser utilizadas para as celebrações de acordo com o tempo litúrgico e ritos. O luto e o sofrimento de Jesus estão presentes e são representados pela cor roxa. Sendo assim, durante a Quaresma e no Advento, essa é a cor das vestes. Aparece também em Santas Missas dedicadas aos falecidos e durante a confissão.
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