No meu texto anterior, dei dicas práticas para o cristão desenvolver a sua autoestima. Hoje, vou revelar mais alguns passos importantes para isso.
Mesmo que você esteja numa fase difícil e com a autoestima ferida, tente enxergar qualidades em si mesmo. Faça uma lista das ações boas que você já praticou e dos talentos que admira em você para tomar consciência das suas próprias virtudes.
Se você ainda não consegue enxergar qualidades em si, não se preocupe. Lute para ser uma pessoa melhor e siga os passos do meu texto anterior sobre o assunto até que novos talentos nasçam mais fortes dentro de você.
As qualidades interiores são as mais importantes na construção do amor-próprio. Quem busca ser uma pessoa virtuosa e coloca as virtudes cristãs e éticas em prática se sente melhor naturalmente.
Podemos enfatizar algumas qualidades morais, tais como: honestidade, bondade, gentileza, dedicação, sensibilidade, devoção, fé, generosidade e perseverança. Você também pode investir em pontos exteriores, como as melhorias na aparência e a construção de um estilo autêntico na sua jornada da autoestima.
Não tenha medo de olhar para si mesmo no espelho. Mesmo que você esteja passando por uma fase difícil, é importante fazer as pazes com ele e construir uma boa relação com a sua identidade todos os dias. Falar frases positivas diante do espelho pode ser um poderoso estímulo para a cura. Experimente falar “Deus me ama” ou ainda “Deus me dará forças para buscar a felicidade e amar mais a mim mesmo”.
Pode parecer curiosa a dica a seguir: a cura da nossa carência não está em receber afeto, mas em dar afeto para quem mais precisa. Talvez você esteja se sentindo carente e sem autoestima e não saiba por onde começar. A caridade é o melhor caminho para começar a desenvolver o amor-próprio verdadeiro no caminho cristão.
Não existe “remédio” melhor para a autoestima que perceber que a sua boa ação fez alguém sorrir ou teve alguma utilidade na sua comunidade. Mesmo que você tenha poucos recursos e ainda não consiga enxergar os seus talentos, ajude as pessoas ao seu redor com o que você puder no momento: uma palavra de consolo, uma visita fraterna ou um gesto de gentileza espontâneo.
A verdadeira caridade não deve esperar nada em troca, mas você receberá muitas alegrias de volta em seu caminho: sentimento de propósito, força para praticar o bem e renovação interior. Ser uma pessoa boa gera muita autoestima e aumenta o sentimento do amor em nossas vidas.
Além disso, quando tiramos o foco da nossa própria dor emocional para fazer o bem para alguém, o bem volta para o nosso coração e nós curamos as nossas angústias no meio do caminho.
Passamos a amar melhor a nós mesmos e recebemos mais amor dos outros quando decidimos expressar a fraternidade que vive em nós. Ser uma pessoa amável e generosa cativa naturalmente boas amizades, boas histórias de amor e bons momentos na nossa vida.
Não caia na armadilha de copiar modelos prontos para vencer as suas inseguranças. Seguir o que está na moda e tentar imitar os comportamentos das pessoas famosas não são atitudes boas para a sua autoestima. Podemos até captar algumas inspirações das pessoas que mais gostamos, mas não podemos deixar de expressar a nossa personalidade autêntica.
A autoestima é plenamente curada quando conseguimos expressar a nossa autenticidade sem medo do que os outros vão pensar sobre nós. Deus fez cada ser humano com uma personalidade única, razão pela qual precisamos valorizar tudo o que demonstra o lado mais especial da nossa essência.
Para se sentir bem consigo, é necessário respeitar e apreciar a própria aparência e a própria essência. Nesse processo de apreciação de quem nós somos por dentro e por fora, não devemos tentar nos encaixar nos moldes de beleza e comportamento do mundo, da mídia e das redes sociais. A autoestima, em verdade, é o valor que atribuímos a nós mesmos com base nos nossos próprios padrões interiores.
Muitas vezes, a falta dela não decorre da falta de qualidades, mas de uma distorção dos nossos valores e padrões interiores. Podemos ser pessoas maravilhosas, mas, se os nossos padrões são materialistas ou baseados nos modelos das redes sociais, o nosso amor-próprio sentirá os prejuízos.
O que valorizamos? Será que sabemos priorizar as características certas? Será que colocamos a espiritualidade e os nossos valores cristãos acima dos padrões materialistas das redes sociais? Sabemos enxergar as virtudes da nossa essência?
Será que temos a devida preocupação com as nossas convicções pessoais ou estamos preocupados demais em atender aos moldes do mundo? Quando os nossos padrões interiores estão alinhados com os princípios cristãos, passamos a valorizar e a desenvolver as qualidades que realmente importam.
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