A história de Santa Joana d’Arc, padroeira da França, é marcada por martírio, fé e coragem. Durante a Guerra dos Cem Anos, a jovem camponesa passou a afirmar ter visões e ouvir vozes que a orientavam sobre como salvar o seu país do jugo da Inglaterra. Ela realmente conduziu as tropas do rei Carlos VII à vitória e foi aclamada heroína.
Joana d’Arc alegava que mensagens que indicavam o cumprimento de algumas missões em sua vida eram passadas pelo Arcanjo São Miguel, por Santa Catarina de Alexandria e por Santa Margarida de Antioquia.
Porém, mais adiante, ela acabou acusada de heresia e bruxaria e foi condenada à morte. A pena foi executada e Joana d’Arc foi queimada viva na fogueira, em 30 de maio de 1431, aos 19 anos de idade.
Outra reviravolta na história da camponesa guerrilheira aconteceria vinte anos depois. A própria Igreja a inocentou das acusações. Em 1909, Joana foi beatificada e, em 1920, canonizada, quando passou a ser chamada de Santa Joana d’Arc.
Três milagres atribuídos a Joana d’Arc foram reconhecidos pelo Vaticano durante o processo que a tornou Beata e depois Santa.
Os casos relatados são o da Irmã Teresa de Santo Agostinho, curada de úlceras na perna; o da Irmã Julie Gauthier, que teve uma úlcera cancerosa em seu peito esquerdo curada; e o da Irmã Marie Sagnier, curada de um câncer do estômago de forma igualmente milagrosa.
As três religiosas afirmaram que se livraram de suas enfermidades após rezarem fervorosamente para Joana d’Arc. O Papa Pio X solenemente considerou como autênticos os três milagres em 13 de dezembro de 1908. Sobre ela, o Pontífice declarou certa vez:
“Joana de Arc brilhou como uma estrela nova destinada a ser a glória, não só da França, mas da Igreja Universal também”.
Tornou-se Santa reconhecida pelo Papa Bento XV e canonizada no ano de 1920.
A história de heroísmo e bravura de Joana d’Arc permeia o imaginário coletivo ocidental, um verdadeiro símbolo da cultura popular mundial. Foi tema de várias obras literárias e cinematográficas.
Entre os principais filmes sobre Joana d’Arc estão: “St. Joan” (1978), de Steven Rumbelow; “Joana d’Arc de Rossellini” (1954), de Roberto Rossellini; “Joana d’Arc” (1948), de Victor Fleming; “Joana d’Arc” (1999), de Luc Besson; e “Joan, a virgem I – As batalhas” e “Joan, a virgem II – As prisões” (1994), de Jacques Rivette; “O processo de Joana d’Arc” (1962), de Robert Bresson; e “O martírio de Joana d’Arc” (1928), de Carl Theodor Dreyer.
• Quando Joana d’Arc nasceu, a França já estava em guerra com a Inglaterra.
• Presa em maio de 1430, Joana esperou por mais de um ano até o seu julgamento.
• Joana d’Arc foi condenada por heresia, acusada de seguir vozes diabólicas, de se vestir como um homem, cometer assassinatos e outras práticas consideradas inadmissíveis.
• O Rei Carlos VII negociou com a Igreja a revisão do processo contra Joana, pois não queria sua imagem associada à heresia. Três anos depois, sua condenação foi anulada.
• Joana se autointitulava a Donzela (La Pucelle, em francês).
• Seu nome como é usado hoje em dia no português, Joana d’Arc, com apóstrofo, foi uma invenção pós período do Renascimento.
• Existem aproximadamente 20 mil estátuas públicas, 800 biografias históricas, 52 filmes e centenas de peças de teatro, músicas, óperas dedicadas à personagem de Joana d’Arc e ao seu heroísmo.
- Com informações do eBiografia
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