Na última quarta-feira (28), o Papa Francisco pediu aos fiéis de todo o mundo que rezassem por Bento XVI, que estava muito doente. “Uma oração especial pelo Papa Emérito Bento XVI, que no silêncio está sustentando a Igreja. Recordemos, ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e o sustente neste testemunho de amor à Igreja até o fim”. Desde então, cristãos de todo o mundo voltaram seus olhares para o antecessor de Francisco e rezam por sua saúde. Neste sábado (31), Joseph Aloisius Ratzinger faleceu, aos 95 anos, no Mosteiro Mater Ecclesiae, onde vivia desde a sua renúncia em 2013.
O corpo dele estará na Basílica de São Pedro a partir de segunda-feira (2). Já o funeral acontece no dia 5 de janeiro, às 9h30, na Praça São Pedro.
Joseph Aloisius Ratzinger nasceu em um Sábado de Aleluia, em 16 de abril de 1927, na Alemanha. Foi batizado no dia seguinte, ou seja, no Domingo de Páscoa. Filho de pais muito religiosos, ingressou no seminário-menor em Traunstein em 1939. Devido à guerra, parou seus estudos e precisou se alistar no exército alemão.
Mas a vocação falou mais alto e, ao lado do irmão, Georg Ratzinger, entrou para o seminário católico. Em 1951 ambos foram ordenados sacerdotes. No ano seguinte, começou a trabalhar como professor na Escola Superior de Filosofia e Teologia.
Anos mais tarde, se tornou vice-reitor da Universidade de Ratisbona. No Segundo Concílio do Vaticano (1962 – 1965), Joseph atuou como especialista em teologia do Cardeal Joseph Frings de Colônia (Alemanha). Logo depois, participou da criação da Revista Communio, que ajudava a responder positivamente a crise teológica e cultural que passava a Igreja Católica.
Em 1977, foi nomeado Arcebispo de Munique e elevado a Cardeal no mesmo ano pelo Papa Paulo VI, com o título presbiteral de “Santa Maria Consoladora em Tiburtino”.
O Papa seguinte, João Paulo II, seu grande amigo, o nomeou como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, onde permaneceu até à morte do Papa Emérito (23 anos). Era um grande amigo de São João Paulo.
Em 19 de abril, assumiu a Igreja como bispo de Roma, permanecendo como Papa até o dia 28 de fevereiro de 2013. Antes disso, em 2012, disse que iria abdicar ao cargo, especialmente pela sua frágil condição de saúde e porque acreditava que já não conseguia mais exercer a função plenamente.
Ele foi escolhido como Papa porque conseguia transitar facilmente entre os pensamentos mais e menos conservadores da Igreja Católica. Mesmo não sendo sua vontade ser Papa, assumiu a função com muito amor e dedicação.
Em sua primeira declaração como Papa, falava sobre o desejo de reconciliar e promover a harmonia na humanidade. Muito por ter vivenciado uma guerra, buscava a paz entre os homens como uma necessidade e prioridade.
Exatamente por essa busca, escolheu o nome Bento em homenagem ao italiano Giacomo della Chiesa, Papa Bento I, conhecido como o “Papa da Paz”.
Além da paz mundial, Bento também defendia muito a busca pela fé e espiritualidade dos fiéis. Para ele, sem Deus a humanidade padeceria. Durante seus 8 anos de papado, buscou fortalecer a Igreja para que ela fosse uma o templo da espiritualidade.
Além disso, o Papa Emérito também é conhecido por seus textos teológicos, que têm um valor inestimado e, acreditam os teólogos modernos, ainda serão estudados por muitas gerações. Entre suas obras, destaque para a Introdução ao Cristianismo e Jesus de Nazaré.
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