Mudanças no corpo e na alma: a gravidez e o amadurecimento da mulher

Mudanças no corpo e na alma: a gravidez e o amadurecimento da mulher

Mudanças no corpo, na fisionomia e também no coração, que agora abriga mais amor. O dia a dia de uma mulher grávida é uma constante evolução. Ganha-se quilos, as formas tradicionais do corpo feminino dão espaço a novos formatos e mais um coração (ou mais de um) passa a bater dentro do mesmo corpo. Há também uma alteração hormonal que impacta na rotina da mulher e no que ela sente. 

A fisioterapeuta Nadia Marques, especialista em atendimento a mulheres grávidas, explica que a melhor forma de compreender tantas coisas durante a gravidez é, sem dúvidas, com informação. 

“Eu sempre comento que durante a gestação precisamos entender o que acontecerá em cada fase. Cada trimestre é diferente. Não é uma receita de bolo, mas sim uma necessidade individual de cada mulher e quanto mais ela souber sobre isso, mais vai conseguir aceitar tantas novidades”, disse. 

O importante, segundo ela, é saber efetivamente o que é comum e o que não é comum durante a gestação. Assim sendo, é fundamental estudar e aprender mais sobre cada etapa dessa fase tão especial na vida das mulheres. 

Início da gravidez

Diante de um processo normal de gestação, como compreender a evolução de cada etapa e como lidar com tantas mudanças no corpo? A publicitária Priscila Rodrigues, grávida de 36 semanas, conta que passou por diferentes fases durante sua gestação. No início, durante o primeiro trimestre, a azia fez com que ela alterasse sua alimentação.

“Eu precisava comer a todo o momento e em pequenas porções. Os alimentos também eram certos porque apenas eles aliviam a azia. Maçã e melão, por exemplo, ajudaram muito nos sintomas. Depois, pouco a pouco, fui melhorando e pude voltar a me alimentar normalmente”, conta.  

Muitas mulheres têm o mesmo sintoma de Priscila. A azia, assim como o cansaço e a sonolência, as dores nas costas, náuseas e vômitos, retenção de líquidos, sensibilidade nas mamas e o aumento da frequência urinária são sintomas comuns dessa fase. 

Elas acontecem porque é durante o primeiro trimestre que o feto está se desenvolvendo ativamente, formando os principais órgãos. O corpo feminino também precisa se adaptar ao fato de que há mais uma vida dentro dela e os nutrientes começam a ser divididos. 

A fisioterapeuta explica que mesmo com os sintomas e, muitas vezes, com a preguiça, é fundamental manter uma rotina ativa e não deixar de fazer suas atividades cotidianas. 

“Qualquer tipo de atividade é permitida. Por exemplo, se a gestante já faz musculação, pilates ou caminhada, ela pode continuar. A não ser que seja uma recomendação médica porque existe algum problema com o desenvolvimento do bebê. Caso contrário, qualquer tipo de atividade física pode e deve ser realizada, porque se movimentar é o mais importante de tudo”. 

Priscila conta que diminuiu o ritmo das atividades na gestação por recomendação médica. Mesmo assim, conseguiu durante boa parte da gestação fazer caminhadas de 1 hora todos os dias. 

“Hoje, com 36 semanas, já não consigo me movimentar tanto. Ainda assim faço fisioterapia pélvica e caminhadas três vezes na semana”. 

Priscila, o marido e o “irmão mais velho” em ensaio fotográfico 

Alívios em sintomas da gravidez com exercícios

Alguns sintomas da gestação podem ser aliviados com a prática de atividades físicas, sabia disso? Nádia explica que elas servem para reforço muscular, alívio dos sintomas e prevenção de dores. 

“Muitas mulheres melhoram o inchaço, o cansaço (que é comum no decorrer da gestação) e outras queixas. As atividades ajudam a preparar o corpo também para a hora do parto e futura recuperação depois que o bebê nasce”, explica a fisioterapeuta, completando que as gestantes se sentem muito mais dispostas e mais ativas quando mesmo diante de tantas mudanças. 

O cansaço é, para Priscila, uma dificuldade das últimas semanas da gestação. Com o corpo mais pesado por conta da formação quase completa do feto, é também normal se sentir mais cansada e com pouca disposição. Mesmo assim, ela não abre mão das aulas de fisioterapia pélvica e suas caminhadas.

“Não aguento passear no shopping por muito tempo, mas ainda assim faço minhas caminhadas pela manhã e em casa também tento me movimentar. Faço exercícios de relaxamento que ajudam a me preparar para o que está por vir”. 

“Posso começar a praticar atividades na gestação?”

A fisioterapeuta e especialista em fisioterapia pélvica explica que sim, com toda a certeza.

“Tenho muitas pacientes que começam a praticar atividades, como o pilates, na gravidez. E isso é muito bom, porque a atividade física traz benefícios para todas as pessoas, e para a gestação não é diferente”. 

Se movimentar é uma maneira de auxiliar o próprio corpo a sustentar a sobrecarga muscular da gestação, bem como equilibrar as alterações hormonais do período. Manter-se ativa é, portanto, muito importante. 

Apesar de ser importante, Nádia alerta para encontrar profissionais habilitados para acompanhar a gravidez para que ele não a prejudique ao invés de ajudar. 

Nem todas as mudanças são fáceis

Além de preparar o corpo, as futuras mamães também precisam de apoio psicológico e espiritual para receber seus filhos. Priscila conta que teve um processo de aceitação que conseguiu entender melhor graças à informação. “Eu precisei aprender tudo e me informar bastante para não passar nenhum sufoco”, conta.

As informações sobre cada etapa ajudaram muito, mas foi na fé e espiritualidade que ela encontrou mais tranquilidade.

“Procurei muito a ajuda de Deus, porque não são só alterações físicas no corpo, mas coisas mentais que consigo entender com ajuda dEle”. 

No casamento, ela encontrou também a sustentação para encarar tantos desafios. “A pessoa que mais me apoiou foi meu esposo. Naqueles dias em que eu dizia que estava horrível, ele respondia para eu não ficar com esse pensamento. Ele está sendo maravilhoso e imprescindível para os fluxos de mudança – que não são poucas”.

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