Uma das frases ditas por ele ficou tão conhecida (ou mais) que ele mesmo:
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Já ouviu antes? O autor é Blaise Pascal, ou simplesmente Pascal, um importante pesquisador, matemático, físico, filósofo e teólogo francês, cuja obra recebeu reconhecimento público do Papa Francisco.
O Pontífice dedicou sua Carta Apostólica “Sublimitas et miseria hominis” a Pascal em razão da passagem do quarto centenário do seu nascimento, que se deu em 19 de junho de 1623 na cidade de Clermont-Ferrand, na França. Ele, que foi tão presente na nossa vida escolar por meio do seu princípio físico e do famoso teorema de Pascal.
O Santo Padre o definiu como “um companheiro de estrada que acompanha nossa busca pela verdadeira felicidade” e alguém que se mostrou um incansável investigador do verdadeiro, que permaneceu sempre “inquieto”, atraído por novos e mais amplos horizontes. Para Francisco, um pensador brilhante, muito atento às necessidades dos pobres.
Pascal publicou livros importantes, a exemplo de “Ensaio sobre secções cônicas”, “Pensamentos” e “Tratado sobre o equilíbrio dos líquidos” e é atribuído a ele a invenção da primeira máquina mecânica de calcular. Feitos mencionados pelo Pontífice.
Além disso, como teólogo, ele defendia que o ser humano é impotente para desvendar os mistérios do divino. A razão, para Pascal, não seria o fim ideal para provar a existência de Deus, uma vez que o ser humano está limitado às aparências. Nas palavras do francês:
“É o coração que sente Deus e não a razão. Eis o que é a fé: Deus sensível ao coração”.
No dia 23 de novembro de 1654, Pascal viveu uma experiência muito forte, sobre a qual se fala até hoje, compreendida como a sua “Noite de Fogo”.
Essa passagem mística, que fez o filósofo e matemático derramar lágrimas de alegria, foi tão intensa e decisiva que ele decidiu escreveu a respeito num pedaço de papel datado com precisão. Eis o “Memorial”, que Pascal guardou no forro do casaco e que foi descoberto apenas após a sua morte, em 1662.
É impossível saber a natureza exata do que se passou naquela noite. Contudo, parece tratar-se de um encontro que ele próprio reconheceu ter relação com a história de revelação e salvação, como a vivida por Moisés diante da sarça ardente:
“E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia” (Exôdo 3, 2).
O Papa Francisco, na sua carta, afirma que “se Blaise Pascal consegue tocar a todos, é sobretudo porque falou admiravelmente da condição humana. Mas seria errado ver nele apenas um especialista, embora genial, dos costumes humanos”.
Conforme o Pontífice, o monumento formado pela obra “Pensamentos”, da qual alguns trechos extraídos se tornaram célebres, não se pode compreender quando se ignora que Jesus Cristo e a Sagrada Escritura constituem simultaneamente o centro e a chave do mesmo.
Se Pascal começou a falar do homem e de Deus, foi por ter chegado à certeza de que “não só conhecemos a Deus unicamente por Jesus Cristo, mas também nos conhecemos a nós mesmos apenas por Jesus Cristo”.
“Só conhecemos a vida, a morte por meio de Jesus Cristo. Fora de Jesus Cristo, não sabemos o que é a nossa vida, a nossa morte, nem quem é Deus nem mesmo o que somos nós”, acrescentou Papa Francisco.
• “Ninguém é tão sábio que não tenha algo pra aprender e nem tão tolo que não tenha algo pra ensinar”.
• “A consciência é o melhor livro de moral que temos; e é, certamente, o que mais devemos consultar”.
• “O Homem não é o único animal que pensa. Entretanto é o único que pensa que não é animal”.
• “O homem é feito visivelmente para pensar; é toda a sua dignidade e todo o seu mérito; e todo o seu dever é pensar bem”.
• “Não tenho vergonha de mudar de ideia, porque não tenho vergonha de pensar”.
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