Freiras psicólogas, matemáticas, doutoras… essa realidade pode surpreender algumas pessoas, mas é perfeitamente possível. Muitas religiosas procuram conciliar o conhecimento e busca espiritual com a escolha de cursos e profissões. São João Paulo II disse:
“A fé e a razão são as duas asas com as quais o espírito humano alça voo para contemplar a verdade”.
O conceito de vocação nas vidas religiosas se liga diretamente à ideia de missão e propósito divino. No entanto, para muitas religiosas, o chamado de Deus vai além e abre espaço para a busca de conhecimento profissional também como uma contribuição para a sociedade.
Em 11 de fevereiro, quando é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências, há um convite à reflexão sobre realizações individuais de cada cientista e destaca a importância de criar um ambiente inclusivo e diversificado para as mulheres.
Nessa data, conheça histórias de religiosas que se destacaram não apenas na fé, mas nas ciências também. Elas lembram que o serviço à comunidade pode se manifestar em diversas formas, inclusive com contribuições para o avanço do conhecimento científico.
Nascida em Milão, Itália, Irmã Maria Gaetana Agnesi desafiou as normas de sua época ao se tornar a primeira mulher a ser chamada de matemática. Apesar de ter manifestado inicialmente o desejo de seguir a vida religiosa, seu pai a conduziu para uma vida mais simples dedicada aos estudos. Agnesi escreveu o primeiro livro sobre cálculo diferencial e integral. Nos últimos 40 anos de sua vida, dedicou-se à caridade e à religião. Ela recebeu um convite do Papa Bento XIV para lecionar na Universidade de Bolonha.
Nascida em Ohio, Estados Unidos, Irmã Mary Kenneth Keller entrou para a ordem das Irmãs de Caridade da Bem-Aventurada Virgem Maria aos 19 anos. Ela se tornou pioneira na ciência da computação. Em 1965, obteve o título de doutora junto a Irving Tang, da Universidade Washington. Foi uma das primeiras mulheres a ter doutorado em ciência da computação nos Estados Unidos.
Nascida em Madri, Espanha, Beata Guadalupe Ortiz de Landázuri iniciou a sua vida religiosa aos 27 anos. Ela equilibrou sua devoção cristã com a paixão pela Química. Em 1964, defendeu sua tese de doutorado com pontuação máxima. Ela é um exemplo de como conciliar vocação religiosa e profissão científica.
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