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O Museu Anima Mundi, que antes era conhecido como Museu Etnológico Missionário, abre ao visitante as portas de mais de 80 mil objetos de todas as partes do mundo. O local reúne arte, espiritualidade e missão. Conheça a seguir a história, o significado e o papel desse espaço que convida à contemplação, ao encontro e à valorização das culturas missionárias.
O museu nasceu a partir da grande Exposição Missionária organizada pelo Papa Pio XI em 1925. O sucesso daquele evento levou à criação, nos anos seguintes, do então Museu Missionário-Etnológico, inicialmente instalado no Palácio Laterano e depois transferido para os Museus do Vaticano.
Em 2019, Papa Francisco inaugurou a nova configuração do espaço com o nome “Anima Mundi”, expressão que significa “alma do mundo”. A mudança tem como base a intenção de transformar o museu em um ambiente de encontro entre povos, culturas e espiritualidades. O acervo já ultrapassa 80 mil objetos provenientes da África, Américas, Oceania, Ásia, mundo islâmico e civilizações pré-históricas e pré-colombianas.

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O nome “Anima Mundi” transmite a ideia de que o museu abriga expressões da alma dos povos, suas tradições, ritos, símbolos e olhares sobre o transcendente. É uma “casa viva”, onde cada visitante pode encontrar um fragmento de sua própria cultura ou espiritualidade refletido nas peças expostas.
Essa visão está alinhada ao magistério da Igreja sobre o valor das culturas na evangelização e o museu se torna um local onde se percebe que a fé dialoga, acolhe, se encarna e se expressa por meio das diversas linguagens culturais que compõem a humanidade.
Organizado por áreas geográficas, o Anima Mundi oferece um percurso que une antropologia, arte, história missionária e espiritualidade. As seções das Américas e da África foram as primeiras a receber a nova museografia. Em seguida, avançam os projetos dedicados à Ásia e a uma fascinante “câmara de maravilhas” que reúne peças raras e representativas.
Entre os objetos expostos, estão esculturas cerimoniais da Oceania, artefatos ameríndios, peças da arte africana, vestimentas litúrgicas culturalmente adaptadas, objetos rituais e obras pré-colombianas. O museu permite observar a variedade de expressões humanas e religiosas, muitas delas ligadas às missões católicas mundialmente.
Para além da dimensão antropológica, o museu oferece uma oportunidade espiritual: ver nos objetos expostos traços da presença de Deus na história e na criatividade humana.

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Instalado dentro dos Museus do Vaticano, o Museu Anima Mundi é um espaço de beleza, memória e diálogo. Vale observar a organização das vitrines, que favorecem a circulação livre e estimulam a comparação entre culturas, além da visibilidade dos depósitos, que evidencia o caráter vivo e dinâmico da coleção.
Entre os pontos de destaque estão as peças provenientes das missões católicas, os artefatos de povos originários, os objetos religiosos de diversas tradições e as obras que testemunham processos de evangelização e intercâmbio cultural ao longo dos séculos.
Para quem visita o museu ou lê sobre ele, algumas inspirações espirituais se tornam evidentes. Em primeiro lugar, reconhecer que toda cultura humana possui dignidade e valor aos olhos de Deus. Depois, perceber que a missão da Igreja sempre começa pelo encontro, pela escuta e pela valorização da riqueza humana presente em cada povo.
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