Não subestimem as nossas crianças!

Não subestimem as nossas crianças!

Certa vez, presenciei a ocasião em que uma criança escutava a melindrosa articulação de sua avó para comunicar algo e prontamente a menina reagiu: “sim, eu já entendi que ele morreu”.

Há quem acredite que proteger as nossas crianças é silenciar o óbvio e negar o que está evidente para aquelas que fazem parte do meio social mais próximo: a família.

Frente aos pequenos que alegram o nosso dia a dia, muitas vezes brota nos adultos e/ou responsáveis a ideia de poupá-los de alguma informação possivelmente dolorosa e a fantasia de que eles não são capazes de lidar, suportar ou manejar.

Costumo dizer que as crianças não precisam saber de detalhes mínimos sobre determinadas ocorrências. Nunca saberemos, ao certo, onde darão as fantasias produzidas a partir do que se escuta. Entretanto, esse cuidado real não anula o direito de as crianças de terem conhecimento sobre o que se passa ao seu redor.

Situações de perdas, conflitos familiares, conjugais, sociais, adoecimentos, crises em geral refletem – quase sempre – diretamente nas crianças inseridas no núcleo e meio. Elas acompanham do modo delas, e estabelecem compreensões de acordo com suas possibilidades emocionais e cognitivas. Erramos ao subestimá-las.

É prudente refletir sobre a quem pertence as dificuldades diante do que provoca angústia e sofrimento em uma criança. Defender, cuidar e proteger por amor.

Será que se aplica a todas? O quanto essa postura se direciona para os infantes que compõem um ciclo mais próximo?

São tantos pequenos seres vulneráveis pelo mundo. Lidam com a crueldade da miséria e são vítimas dos mais diversos tipos de violência!

Fica o convite para pensar se as intervenções em favor das crianças não estão acontecendo de forma seletiva por aquelas que são mais “nossas”. Fruto de uma inabilidade do adulto para lidar com o que o faz sofrer e também da incapacidade de empatia diante do que julga ser “só” do outro.

Que os bons afetos que uma criança desperta não venham apenas de uma que esteja próxima, mas de muitas e diversas outras. Que sejamos adultos compromissados em intervir pelo bem-estar de muitas delas, reconhecendo as suas necessidades em cada contexto e respeitando os efeitos das experiências na infância, assim como o tempo de cada criança!

Uma feliz Semana das Crianças!

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