Maceió comemora 210 anos de história. Para celebrar, vamos lembrar das memórias, afetos e símbolos que moldam a identidade da capital alagoana. Nossa Senhora dos Prazeres é a padroeira de Maceió e muito amada pelo povo. Saiba mais sobre esse título mariano!
Embora, no português atual, a palavra “prazer” possa remeter a sentidos reduzidos, o título original carrega uma beleza muito mais ampla. Em latim, gàudia significa “alegrias”, “júbilos”, “grandes contentamentos espirituais”, em referência direta às tradicionais Sete Alegrias de Maria. Por isso, falar de Nossa Senhora dos Prazeres é recordar momentos da história da salvação vividos pela Mãe de Deus: a Anunciação, a visita a Isabel, o nascimento de Jesus, a adoração dos Magos, o reencontro no Templo, a alegria da Ressurreição e a sua coroação no Céu.
O título remonta ao século XVI, em Portugal. Por volta de 1590, relatos de uma aparição da Virgem junto a uma fonte de água na cidade de Alcântara deram origem a peregrinações e a testemunhos de curas. O povo começou a invocar Maria como Nossa Senhora dos Prazeres, reconhecendo nela a Mãe das Alegrias prometidas por Deus. A devoção cresceu, impulsionada também pelos franciscanos, que difundiam a contemplação das Sete Alegrias de Nossa Senhora.
Com a expansão da fé católica no Brasil, esse título mariano chegou ao Nordeste brasileiro e encontrou em Alagoas um local profundamente devoto. Em Maceió, a presença da padroeira se consolidou a ponto de marcar a religiosidade popular e a identidade cultural da cidade. Há ainda uma forte devoção em várias regiões do estado, o que motivou a discussão — por meio de projeto de lei — para reconhecer Nossa Senhora dos Prazeres como padroeira de Alagoas, com data comemorativa em 27 de agosto.

As Sete Alegrias recordam momentos de revelação, encontro e esperança:
Cada alegria revela o modo como Maria viveu sua missão, com fé, confiança e júbilo. Para Maceió, invocá-la como padroeira é também abraçar um caminho de esperança e alegria cristã.

Catedral Metropolitana de Maceió, também conhecida por Catedral Nossa Senhora dos Prazeres.
Em Maceió, a padroeira está presente na história, na arte sacra, nas festas religiosas e no coração do povo. A Catedral Metropolitana dedicada a Ela é testemunha de gerações que depositam aos seus pés as alegrias e dores da cidade. Além da capital, há também outra igreja dedicada à padroeira em Belo Monte, uma das mais antigas do estado.
“Mater Populi Fidelis”: o novo documento da Igreja que orienta sobre a devoção mariana
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