Em 8 de dezembro, o Brasil celebra o Dia da Família. A data destaca ações muito bem-vindas a todos e é propícia para homenagear aqueles que são tão importantes para as nossas vidas e desempenham papéis fundamentais na formação de cada um. Pais, irmãos, avós, primos e aqueles que fazem parte do que chamamos de família influenciam das pequenas coisas aos principais acontecimentos de cada jornada. Para viver a data, dois “itens” merecem mais atenção: união e amor. Veja como incentivá-los e fortalecê-los no dia a dia.
As relações nem sempre são fáceis, mas a família é sagrada e cercada por laços eternos. Os comportamentos e caminhos que alguns membros da família podem ter e seguir, por vezes, tendem a desagradar. contudo, como reforçou Padre Chrystian Shankar durante o “24 em Oração na Presença do Senhor” de 2018:
“Nós queremos muito esperar o milagre, mas você precisa ser o milagre que a sua família precisa. Não há como ter uma vida sem problema. Se você esperar tudo na vida estar perfeito, nunca vai ser feliz. Que a mudança da minha família comece comigo, em mim e por mim”.
Como explica a psicoterapeuta familiar Rosicler Santos Bahr, crianças criadas pelos avós tendem a ser mais sociáveis, pois desde cedo precisam aprender a se relacionar com pessoas de outra faixa etária e com muito mais experiência acumulada. Os pequenos, por sua vez, levam os adultos a novas rotinas e, muitas vezes, rejuvenescem a vida dos avós.
Irmã Terezinha Tortelli, coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, deixa algumas observações. Segundo a religiosa, os avós não podem conflitar com as orientações dos próprios pais da criança. As orientações e educação passadas devem estar em harmonia até para não deixar os jovens confusos. “Se há conflito, o ideal é que não seja resolvido na frente da criança”.
É certo que a relação entre um pai e um filho deve ser uma relação de amor e acolhimento, pois essa também é uma lição importante a ser transmitida de um para o outro: saber amar e ser amado. Mas a importância das demonstrações de carinho, da palavra de conforto e do abraço não exclui a entrega de uma palavra firme, quando necessária. Um pai precisa também saber quando dizer ‘não’ ao seu filho. Ser pai é ser espírito zelador. É estar presente, ser muralha para proteção, ser rega para o crescimento, ser palavra que alivia quando a dor aperta. Como coloca Padre Reginaldo Manzotti:
“A paternidade é muito mais do que simplesmente transmitir material genético na geração de outro indivíduo. Trata-se de um dom que o pai é convocado a viver, no seio da família”.
Leia mais sobre a paternidade permeada pelo amor neste post.
“Mãe é tudo igual”? Caso você já tenha ouvido essas frases: “Pega o casaco que vai esfriar”; “Liga quando chegar”; “Você está precisando de alguma coisa?”, certamente ouviu da figura materna. Biológica ou não, a mãe costuma ter para seus filhos todas essas preocupações e sentimentos de amor, carinho e cuidado. Uma mãe pode nascer no momento do nascimento de seu filho, mas também pode despertar sua maternidade em outros momentos da vida, com a chegada de um filho de uma maneira diferente. Sobre a “missão mãe”, temos este post da série maternidade.
“Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço (João 1, 2-10)”. Essa passagem bíblica retrata um sentimento intenso que é o existente entre irmãos. Na Palavra Sagrada, o termo é usado para definir muito mais do que pessoas que nasceram dos mesmos pais. Significa pertencer às mesmas crenças e convicções. Quando falamos de irmãos filhos dos mesmos pais e mães, não se pode afirmar que eles terão, efetivamente, as mesmas ideias e ideais, mas e quando você estabelece que a união não pode faltar? Veja aqui exemplos e dicas para fortalecer o amo entre irmãos.
De todos os relacionamentos na vida familiar, o da sogra e da nora é tido como o mais frágil. Disputas, interferências excessivas, rancores muitas vezes sem sentido são alguns dos problemas que costumam acontecer e que deixam toda a relação familiar instável, afetando o bem-estar e o vínculo de todos os envolvidos, inclusive dos avós com os netos. Por outro lado, uma relação saudável que se estabeleça entre nora e sogra só trará benefícios para a família toda: mas como podemos encontrar o equilíbrio na convivência entre elas?
Exercitar a afetividade nas discordâncias é muito importante para que se consiga dialogar de maneira franca e sem julgamentos. Neste post sobre a relação de sogras e noras, temos diversas dicas e um exemplo para inspirar.
Neste artigo do Padre Reginaldo Manzotti sobre família, ele lembrou: “Família volta a ser o que tu és, uma transmissora de vida, um lugar da presença de Deus, lugar de comunhão. A família nasce do amor e só tem sentido no amor, pois vem de Deus. O Criador quis que o homem tivesse a mulher como companheira e participassem da obra da criação. A família é a primeira escola a nos ensinar a ser comunhão de amor, onde pessoas devem educar e se educar, pois formam uma comunidade de pessoas que vivem em comunhão. É na família que se aprende a viver a generosidade, a unidade, a solidariedade, a partilha, a fé e crescer a consciência de serem administradores dos próprios bens, dos bens comuns e da natureza”.
Foto: Felipe Gusso
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