Por Padre Tiago Felipe Polonha, da Arquidiocese de Curitiba
“Depois disse ao discípulo: “Ei aí sua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu em sua casa”. (Jo 19,27). E a partir desse momento, a Igreja dos discípulos de Jesus nunca mais abandonou a sua mãe. Por isso, ao iniciar o mês de Maria, o mês das mães, não podemos fazer uma reflexão diferente que não seja sobre a Mãe de Deus e nossa. Nos cinemas, nós católicos ganhamos um grande presente nesta semana: a estreia do filme Guadalupe: Mãe da Humanidade.
Dirigido pelo espanhol Andrés Garrigó, acompanhamos nesse longa-metragem a história de uma das mais importantes aparições da Mãe de Deus, acontecida no monte Tepeyac, no México em 1531. Foi ao índio Juan Diego, enquanto ia à igreja para participar da catequese, que a Santíssima Mãe de Deus o chamou e pediu que gostaria que naquele monte fosse erguida uma casinha de oração. Como diz a narradora da obra cinematográfica, naquele momento, Juan Diego não tinha noção do tamanho da missão que Maria confiava a ele, uma missão que mudou a história do continente americano.
Além da clássica história que nós já conhecemos, Guadalupe: Mãe da Humanidade também assume um tom de documentário, trazendo diversos e emocionantes testemunhos de muitas curas e conversões de pessoas que se confiaram à proteção da Virgem Maria. Tenho plena certeza que esses testemunhos foram escolhidos a dedo, pois cada um deles traz uma enorme carga de emoção, que vai tocar até os mais duros corações na sala de cinema, tornando a história de Guadalupe ainda mais próxima da nossa realidade. É impossível assistir esse filme e não sentir o carinho e o cuidado de nossa mãe.
Desde o início da história, ao contar como os espanhóis chegaram no México conquistando os territórios, vemos a a importância da fé cristã para a vida dos nativos da região, que eram forçados a oferecer sacrifícios humanos aos deuses que cultuavam. Passamos pelos testemunhos atuais de famílias no México e várias outras nações do mundo. Vemos detalhados os estudos feitos no manto onde foi gravada a imagem original da Mãe de Guadalupe. Tudo isso vai nos levar a uma experiência de fé completa, que nos aproxima de Deus, esquenta nosso coração nos emocionando, e ainda ensina ao nosso intelecto verdades milagrosas que a ciência não consegue explicar.
Guadalupe: Mãe da Humanidade é um presente que o cinema oferece a nós católicos nesse mês dedicado à Mãe de Deus. Ela, que chamou Juan Diego de “meu filhinho, o menor entre meus filhos” também vai mostrar seu carinho por nós, que muitas vezes passamos por situações que nos fazem sentir pequenos e indefesos. E, ao dizer ao indígena “Porque te preocupa? Não estou eu aqui, que sou tua mãe? Não está acaso sob meu manto, abaixo de minha proteção?” de um jeito tão forte sentiremos nós também esse abrigo e cuidado da mãe.
É uma experiência incrível, emocionante, que nós católicos temos a oportunidade de acompanhar esta semana no cinema. Entre tantos filmes em cartaz, ganhamos essa oportunidade de ver nossa fé refletida na grande tela do cinema, num longa-metragem para toda a família acompanhar junto. Uma história que vale a pena ser vista e revista muitas vezes, pois é enriquecedora, tanto como um lazer sadio como um estudo espiritual. Não perca essa oportunidade de mostrar para os cinemas que nós católicos também temos e valorizamos o nosso espaço. E que a Mãe de Deus, que nos coloca sob seu manto, cuide de cada um de nós.
Deus os abençoe!
Guadalupe: Mãe da Humanidade
Andrés Garrigó, 2024
Documentário
Disponível nos cinemas
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