Após o Natal, uma celebração é inspiradora para todos os fiéis: a da Sagrada Família de Jesus (ou Sagrada Família de Nazaré). Entre tantos ensinamentos, Jesus, Maria e José têm muito a demonstrar sobre acolhimento, um compromisso essencial na convivência e para o fortalecimento de laços entre todos os Filhos de Deus.
Os evangelhos de Mateus e Lucas falam sobre o acolhimento mútuo entre José e Maria, bem como a recepção amorosa do Filho de Deus. O relato de Mateus destaca o momento em que o Anjo do Senhor apareceu a José por meio de sonho e contou sobre a gravidez de Maria como fruto da ação divina do Espírito Santo. José, encorajado pelo Anjo, acolheu Maria como sua esposa e aceitou a incumbência de ser o pai adotivo Jesus (Mt 1, 19-24).
“Por ser José, seu marido, um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente. Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: ‘José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados’. Tudo aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: ‘A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel’, que significa ‘Deus conosco’.”
São Cromácio de Aquiléia, no século IV, exaltou o significado da acolhida de Jesus por Maria e José na realidade humana. O nascimento de Jesus em Belém, onde não havia lugar para eles na hospedaria, demonstrou a humildade do Filho de Deus ao ser colocado numa manjedoura (Lc 2,7). Esse é um exemplo da humildade divina em meio à humanidade.
O Santo também lembrou a grande alegria compartilhada pelos pastores e pelos anjos no anúncio do nascimento do Salvador (Lc 2,11-14). A chegada de Jesus significava não apenas a redenção da humanidade, mas o início de uma nova era de salvação.
Cristo, ao existir na unidade divina e humana, veio para reconciliar a humanidade com Deus e com ela mesma (Rm 4,25). Ele acolhe cada um como Salvador e Pai. A Sagrada Família é modelo para todas as outras, como sinônimo de confiança em Deus, respeito, coragem e união. Tudo isso tem como resultado o acolhimento fraterno.
“Um novo mandamento dou a vocês: amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13,34).
A família é um presente e uma missão de Deus. A Igreja convida a interceder por todas as famílias, para que vivam em harmonia e amor, glorificando a Deus na eternidade. Que todas sejam abençoadas e guiadas pelo exemplo da Sagrada Família de Nazaré.
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