Sempre falo sobre o amor por aqui. Contudo, uma das maiores dúvidas para quem ama é: o amor já é uma coisa pronta, ou é construído com o passar do tempo?
Pois bem, arrisco dizer que as duas alternativas são corretas. Corretas, porque já ouvi de pessoas a experiência de um amor que nasceu desde o primeiro olhar, até aquele amor que começou com uma amizade e foi sendo construído ao longo do tempo. Penso que temos muita dificuldade em traduzir o que é amor de fato, quem dirá estabelecer se ele é uma coisa que nasce ou que é construída.
Todos nós já nascemos com amor para doar em nossos corações. Começamos amando nossos pais e recebendo deles um amor infinito. Em seguida, amamos nossos amigos, e no decorrer de nossa história descobrimos o amor romântico – esse sim, pode ser construído ou não.
Falar de amor é algo peculiar. Nascemos com muito amor para doar, contudo, no caminho, a vida acaba roubando de nós um pouquinho daquilo que permite que o amor nasça, e de tudo aquilo que faz com que acreditemos que ele existe de fato. O amor pode ter um significado para mim, e outro para você. A única coisa que eu tenho certeza é de que não se ama somente pelo sentimento. O amor verdadeiro e real é capaz de existir mesmo em terras áridas. Porque o amor real, é escolha.
Ou seja: eu posso não sentir, mas eu escolho amar. Esse é o amor mais autêntico e mais verdadeiro. São amores como este, que passam pelo sentimento e que talvez, com o passar do tempo, provem a aridez (falta do “sentir”), e que, para serem mantidos, sobrevivem somente por meio da escolha de amarmos.
Existem amores que nascem no primeiro momento em que duas almas se encontram, e existem aqueles que são construídos com o passar do tempo. Contudo, no decorrer da vida, as duas opções exigem coragem e escolha para sustentar o amor.
Não existe certo ou errado. Existe a consciência de que, em ambos os contextos, o amor precisa continuar sendo amor, mesmo em terras áridas e secas. Amor não é somente sentimento. O amor é escolha, sacrifício e renúncia diária. O amor está longe de ser o sentimentalismo com o qual estamos acostumados. Amar de verdade é olhar para quem você ama e dizer: “Eu sei que Deus poderia te tornar melhor, ou tornar você alguém que eu quero. Mas eu não preciso disso para continuar te amando”.
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