Quem nunca teve dificuldade com prazos, precisou pedir mais alguns dias para entregar uma atividade, adiou a visita à família e amigos ou enrolou por semanas para fazer um serviço? Até mesmo aquela tarefa pequena, do dia-a-dia, como levantar da cama ao primeiro toque do despertador (sem ativar o modo soneca), ir ao mercado ou terminar de ler um livro, é sempre postergada. Esse hábito é chamado de procrastinação e todo mundo já teve esse comportamento alguma vez ao longo da vida.
É o famoso ‘deixar pra depois’, como explica a psicóloga Josiane dos Santos Martins. “Procrastinar é o comportamento de adiar tarefas, de transferir atividades para outro dia que não o atual; deixar de fazer algo ou – ainda – interromper o que deveria ser concluído dentro de um prazo determinado”, detalha.
De acordo com a Superinteressante, 20% dos adultos são procrastinadores crônicos, sendo que, somente no Brasil, 20 milhões de pessoas integram esse time. Esse número alarmante se deve ao fato de que, todo indivíduo, pode ser considerado procrastinador em algum grau ou esfera da vida, seja nas relações pessoais, sociais ou profissionais.
“Em algum nível, todos nós deixamos alguma coisa para ser resolvida depois. O maior problema ocorre quando a pessoa passa a se comportar sempre de forma procrastinada em diferentes aspectos da vida. Isso resulta naquilo que conhecemos como bola de neve”, explica Josiane.
A pessoa que sofre diariamente com a procrastinação costuma deixar tudo para a última hora e, por isso, sua vida sempre parece desorganizada. Sua sensação é de estar sempre atrasada e sobrecarregada pois há um acúmulo de atividades diárias. Com isso, a ansiedade e a oposição de sentimentos estão sempre presentes: uma hora acredita-se que tudo vai dar certo e, na outra, acredita-se que tudo vai dar errado pelo que deixou de fazer.
A psicóloga alerta que a procrastinação pode levar ao sentimento de culpa e baixa estima. “O atraso desnecessário e irracional de uma tarefa ou tomada de decisão vem acompanhado de desconforto psicológico e emoções negativas, como culpa e insatisfação. Por isso, pode gerar prejuízos significativos na qualidade de vida das pessoas”.
E engana-se quem pensa que esse comportamento atinge apenas pessoas adultas ou muito ocupadas: a procrastinação ocorre a qualquer tempo, a partir do momento que o ser humano passa a ter suas responsabilidades direcionadas a vida, como a realização de afazeres e tarefas, mesmo que pequenos.
A boa notícia é que esse perigoso hábito se manifesta de modo voluntário, tratando-se, portanto, de uma decisão individual. Desse modo, depende de cada um de nós buscar mudanças e inspirações para combater esse comportamento. Histórias de pessoas conhecidas, próximas a nós, ou daqueles que admiramos, também pode inspirar novos comportamentos.
A jornada percorrida por Santo Expedito frente a conversão ao Cristianismo, por exemplo, é inspiradora e esclarecedora quanto às transformações positivas que a postura de enfrentamento ao que atrapalha nossos propósitos traz para a vida de cada um. Ela nos mostra que o poder da decisão, a atitude segura e a batalha contra tudo aquilo que afasta dos nossos objetivos, mesmo que pequenos, deve ser praticada como um exercício diário e que, a partir dessa transformação, alcançamos uma vida mais plena.
Pequenas dicas podem ajudar a vencer essa condição no dia-a-dia. Abaixo, separamos 6 delas que podem ajudar quem está enfrentando essa situação:
Gostou das dicas? Essas ações práticas nos mostram que, assim como todo e qualquer mau hábito, a procrastinação pode ser combatida e vencida através de pequenas ações concretas e motivações pessoais.
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