O padre que salvou a Basílica de São Pedro de desabar

O padre que salvou a Basílica de São Pedro de desabar Foto: reprodução

No século XVIII, a imponente cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano, começou a apresentar rachaduras preocupantes, que ameaçavam sua estabilidade. Naquele momento crítico, o padre e cientista Roger Boscovich foi convocado para salvar a estrutura. Com uma solução inovadora, ele conseguiu evitar um desastre que poderia ter alterado profundamente a história da Igreja e da arquitetura.

De acordo com o seu biógrafo Zeljko Markovic, Padre Boscovich nasceu em 1711, na atual Croácia, e ingressou na Companhia de Jesus, onde se destacou como matemático, físico e engenheiro. Graças ao seu talento para cálculos e observação científica, tornou-se uma figura influente no desenvolvimento de métodos de análise estrutural aplicados à arquitetura. Em 1742, o Papa Bento XIV, alarmado com a condição da cúpula de São Pedro, solicitou a ajuda de Boscovich para resolver o problema das rachaduras.

Cúpula da Basílica de São Pedro, Vaticano

A técnica dos anéis de ferro: a solução de Boscovich

A análise de Boscovich levou-o a concluir que as rachaduras eram causadas por tensões internas na estrutura da cúpula. Para estabilizá-la, propôs o uso de anéis de ferro externos ao redor da cúpula — uma solução revolucionária para a época. Esses anéis funcionariam como “cintos de contenção”, distribuindo a pressão de maneira uniforme e impedindo que as rachaduras se expandissem, mantendo a cúpula intacta.

Essa intervenção foi um marco no uso da ciência para resolver problemas complexos de engenharia. Boscovich aplicou seus conhecimentos em física e matemática para calcular a posição e a tensão exata que os anéis externos deveriam suportar, garantindo a estabilidade da cúpula sem a necessidade de reparos diretos nas rachaduras.

Em 2011, uma pesquisa detalhada sobre a basílica revelou que sete anéis de ferro haviam sido instalados internamente desde a construção original, para reforçar a estrutura de pedra calcária. Esses anéis internos não faziam parte da intervenção de Boscovich, que indicou o uso dos anéis externos. Essa descoberta destacou a duradoura eficácia da obra de Boscovich e a importância de sua contribuição na preservação de um dos maiores monumentos da fé católica.

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