“Queridos amigos, sejam felizes! Não tenham medo de ser felizes! Não tenham medo da alegria que o Senhor nos dá quando lhe permitimos entrar em nossa vida. Deixemos que entre em nossa vida e nos convide a ir às suas margens e anunciar o Evangelho. Tenham alegria e coragem!”, escreveu o Papa Francisco no livro “A alegria de ser discípulo” (editora BestSeller, 2017), encorajando cristãos a irem ao encontro da verdadeira felicidade.
Todo mundo quer ser feliz. Conselhos, passo a passo e aqueles que pregam “o segredo da felicidade” se multiplicam por diversos meios. Há até quem acredite que ela não existe, que só temos momentos de mais alegria. Mas a verdade é que ela real, sim, e muitas vezes não a encontramos por não entender o seu verdadeiro sentido.
O assunto é amplo, mas vamos trazer as primeiras reflexões para o início dessa compreensão com outros olhos e de coração aberto para vivê-la.
Primeiramente, o que não é felicidade: ganhos materiais, dinheiro, compras, novo emprego, aprovação em um concurso público, começar um namoro. Claro que essas situações estão relacionadas a momentos prazerosos e podem ser graças alcançadas, mas se forem isolados e sem conexão com a realidade esvaziam-se rapidamente, perdem o sentido e, assim, logo estaremos precisando de um novo acontecimento para sentir a mesma sensação de bem-estar.
Como disse Padre Reginaldo Manzotti (livro Milagres, editora Agir, 2014): “Realização profissional, casamento e família não são a fonte, e sim o fruto de uma felicidade que começa muito antes, no amor a Deus”.
A felicidade vem de dentro e está menos relacionada aos acontecimentos externos do que ao que vive dentro de cada coração. Ela é a certeza de que Deus é conosco, que Seu amor é real.
Para exemplificar, podemos pensar nos Santos, especialmente em São Francisco de Assis, que passou pelas maiores provações físicas e espirituais e perseverou em sua fé e missão, de maneira alegre e externando felicidade.
Na vida prática, existem alguns pontos que podemos ter mais atenção no dia a dia nesse caminho da felicidade.
Ter disciplina e saber administrar o tempo são dois pontos fundamentais. É importante ter tempo para os deveres, como trabalho e estudo, para o lazer, para ficar sozinho e refletir, para conviver com quem ama e tempo, sobretudo, para Deus. Tudo tem seu tempo e ele deve ser respeitado.
Outra coisa que deixa as pessoas frustradas é as mudanças que a idade traz. É preciso ser feliz em todas as fases, estar bem com a própria idade. “Viver bem é saber adequar-se às diversas fases da vida. Não podemos querer agir aos setenta anos da mesma forma que nos comportávamos aos vinte”, como está no livro “20 passos para a paz interior” (petra, 2016), do Padre Reginaldo Manzotti, pois cada idade tem sua beleza e propicia novos aprendizados. Pessoas que compreendem essas diferenças vivem melhor.
Como disse Santo Agostinho: “Procura que tua infância seja inocente; tua meninice, respeitosa; tua adolescência, paciente; tua juventude, virtuosa; tua maturidade, carregada de méritos; e tua velhice, sábia”. Essa sabedoria vai crescendo com o tempo pedagógico do Senhor.
Como cristãos, sabemos que a verdadeira felicidade e toda a sua base está no Senhor, em cumprir o que Ele deseja de nós. Uma alma sem Deus é uma tristeza permanente. Papa Francisco também escreveu que somos chamados a aceitar sempre a presença de Deus em nós e, principalmente, ajudar as pessoas a descobri-la ou reencontrá-la. “É uma das mais belas missões, como a de João Batista: direcionar as pessoas a Cristo – não a nós mesmos –, pois ele é o destino para o qual o coração humano tende quando procura alegria e felicidade”.
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