“Para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10). Essa passagem bíblica move a Pastoral da Criança desde a sua fundação, em 05 de dezembro 1983. Os trabalho das pastorais seguem determinações básicas em comum para todo o país, que unificam as ações nacionalmente. Porém, cada comunidade possui suas necessidades particulares, desenhadas a partir da realidade comunitária local.
As pastorais são exemplos do compromisso com a proposta de Jesus, como cristãos e também como Igreja. A da Criança atua na promoção do bem-estar infantil. Fundada pela médica pediatra Dra. Zilda Arns, com o apoio do cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, a iniciativa abraçou a missão de transformar realidades e apoiar o desenvolvimento integral das crianças, sem distinção.
A atuação da Pastoral acontece a partir da organização comunitária e treinamento de líderes voluntários que vivem nas próprias localidades. Eles orientam e acompanham famílias em questões de saúde, educação, nutrição e cidadania. Suas ações, baseadas no tripé das Visitas Domiciliares, Celebração da Vida e Reunião de Reflexão e Avaliação, têm impacto direto na redução de índices de mortalidade e desnutrição infantil.
Um exemplo da importância dessas atividades foi quando, após um ano de existência, a taxa de mortalidade infantil em Florestópolis (PR), onde a Pastoral começou suas ações, caiu significativamente graças a medidas simples, como a prevenção da diarreia com higiene básica e ensino sobre como preparar e oferecer o soro caseiro para as crianças.
Como explica Elza Zaramella Gonçalves, coordenadora da Pastoral da Criança da Arquidiocese de Curitiba, a essência da Pastoral vai além da instrução sobre saúde: envolve conhecimento, solidariedade e ações baseadas nos ensinamentos do Evangelho.
“O que me fascina é atestar como a comunidade organizada e com objetivos definidos, aplicando a metodologia do Evangelho, que narra o milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes que saciaram cinco mil pessoas, é eficiente em realizar ações simples e de baixo custo, capazes de mexer com os mais importantes e reconhecidos indicadores sociais e atrair as políticas públicas para cumprirem o seu papel, na diminuição das desigualdades sociais” (trecho de uma carta de Zilda Arns que enfatiza essa relação da Pastoral com o Evangelho).
Zilda Arns entendia na Pastoral um instrumento para multiplicar conhecimento e solidariedade e aproximar políticas públicas das necessidades reais das pessoas. Mesmo após seu falecimento em 2010 durante um terremoto no Haiti, esses sentimentos e o seu legado permanecem vivos nas ações da Pastoral em todo o país. Atualmente, a organização auxilia mais de 360 mil crianças e 18 mil gestantes e conta com mais de 42 mil voluntários.
“Deixem que as crianças venham a mim, e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças” (Lucas 18,16).
O aplicativo da Pastoral da Criança foi pensado para a orientação e cuidado infantil sobre saúde, nutrição e desenvolvimento.
Dr. Nelson Arns Neumann, coordenador Nacional Adjunto da Pastoral da Criança, explica que “tudo o que você vai encontrar no aplicativo, de crianças a gestantes, é aprovado e o mais interessante é que você não precisa de internet. Ele está lá, offline, sempre disponível, e oferece o que há de mais moderno sobre gestação e cuidados com crianças até 6 anos”.
Dr. Nelson orienta que o líder consegue entregar para os pais toda a informação de forma personalizada. Ele pode contextualizar e personalizar as orientações para cada família.
Para mais informações sobre a Pastoral da Criança e suas ações, acesse o site oficial.
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