O que é o mistério da Santíssima Trindade?

O mistério de um único Deus, e esse Deus é: o Pai e o Filho e o Espírito Santo, três pessoas.

Neste domingo (30), celebramos o Dia da Santíssima Trindade, mistério revelado por Jesus Cristo, o Dogma da fé que professa Deus, Uno e Trino, sendo três pessoas distintas, mas um único Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Papa Francisco refletiu sobre a liturgia do dia neste domingo.

“Hoje paramos para celebrar esse mistério, porque as pessoas não são adjetivações de Deus, não. São pessoas, reais, diversas, diferentes. Não são – como dizia aquele filósofo – ‘emanações de Deus’, não, não! São pessoas. Há o Pai, a quem rezo com o Pai Nosso; há o Filho, que me deu a redenção, a justificação; há o Espírito Santo que habita em nós e que habita na Igreja.”, disse o Pontífice.

Apesar de muito presente no dia a dia dos cristãos, é difícil explicar o mistério da Santíssima Trindade, a fonte de todos os outros mistérios da fé, um ensinamento essencial. Por isso, é sempre bom voltar a ele e refletir sobre o Seu significado vivo. É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). Mesmo assim, vale lembrar: é impossível que compreendamos em sua totalidade ou consigamos explicar a Trindade de forma plena.

A palavra Trindade não está na Bíblia, mas o seu significado está sempre presente no Livro Sagrado. No primeiro capítulo de Gênesis, no relato da criação, por exemplo, somos apresentados ao Deus que criou todas as coisas por meio da Palavra e do Espírito (Gênesis 1,3). Outro exemplo é o anúncio sobre o nascimento de Jesus feito a Maria, a ação do Deus Triúno fica evidente (Lucas 1,35).

Santo Agostinho disse que “onde existe o Amor, existe a Trindade. um que ama, um que é amado e uma fonte de amor”.

São Tomás de Aquino assim definiu: o Pai é Criador, o Filho Salvador e o Espírito Santo Santificador.

Na fórmula batismal, o próprio Jesus declarou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19).

Como Papa Francisco refletiu com os fiéis hoje no Vaticano: “A beleza do Evangelho requer ser vivida – a unidade – e testemunhada em harmonia entre nós, que somos tão diferentes!”.

“Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim, para me estabelecer em Vós, imóvel e pacifica como se já a minha alma estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundeza do vosso mistério!”

(Santa Elisabete da Trindade)