Tornar os dias das pessoas mais leves, transformar ambientes, contar histórias de outro jeito ou, simplesmente, divertir. Tudo isso e muito mais combina com a figura do palhaço, que nem sempre está no circo. Pode estar na rua, nas escolas e até mesmo em hospitais para fazer surgir sorrisos nos momentos mais difíceis.
No dia 10 de dezembro é celebrado o Dia do Palhaço, para destacar essa figura tão importante que há séculos encanta plateias. Muito além da maquiagem extravagante, roupas coloridas, gestos exagerados e do nariz vermelho, é sinônimo de alegria e expressão de emoções.
O trabalho dos “doutores palhaços” em hospitais é um exemplo de como eles fazem a diferença nas realidades que mais precisam de alívios. Diversos grupos se organizam pelo país para fazer visitas a hospitais e abrigos. Uma dessas histórias é a da publicitária Kamila Paim, também conhecida como Palhaça Marshmallow, ou só Marsh, para os mais íntimos.
De maneira voluntária, ela faz parte de um grupo de palhaços que vão até unidades de saúde em Curitiba (Paraná). Para fazer parte da atividade, participam de oficinas e treinamentos que ensinam a como criar um personagem, a abordar os pacientes e até mesmo como ser um bom ouvinte, já que muitas vezes o que aquelas pessoas mais precisam é da escuta.
“Eu acredito que o palhaço é capaz de transformar os lugares. Trazendo para o ambiente hospitalar, lá dentro há pacientes, colaboradores, familiares… Às vezes eu vejo um familiar chorando ou um colaborador cansado e a gente chega e distrai, anima. Eles contam sobre a vida, pedem pra tirar foto, então dá outro clima. A gente chega, muitas vezes, com o ambiente pesado e sai sentindo que ficou mais leve”, explica Marsh, que tem esse nome porque é colorida como o doce.
Muitas pessoas elogiam o trabalho da Kamila e do seu grupo, mas ela conta que a recompensa maior é para os próprios voluntários.
“É uma sensação muito boa. O trabalho voluntário é uma troca muito grande. Você recebe muito. Então quando me perguntam qual a motivação para fazer o meu trabalho, eu digo que é uma retribuição. Eu acredito que o mundo me dá muitas coisas boas”, finaliza.
A história do palhaço é antiga e as raízes existem desde as tradições teatrais e folclóricas de várias culturas. No teatro grego, por exemplo, os “mímicos” utilizavam máscaras e gestos exagerados para entreter o público. Mas foi na Commedia dell’Arte, um estilo teatral italiano do século XVI, que o palhaço ganhou contornos mais definidos. Personagens como Arlequim, Pierrot e Colombina conquistaram o público com suas performances.
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