Você já ouviu falar sobre as “Sete Últimas Palavras de Jesus na Cruz”? São sete frases, compostas por 41 palavras que incluem artigos e pronomes, estão registradas nos Evangelhos e têm um significado profundo para os cristãos. Elas ajudam a entender alguns pontos essenciais sobre o que Jesus veio fazer pela humanidade, mostram que Ele ama de maneira profunda e que está disposto a perdoar mesmo quando as pessoas fazem coisas ruins.
Elas falam sobre como o Salvador veio dar uma nova chance, que entende se nos sentimos tristes ou sozinhos, porque Ele mesmo já passou por isso. Por fim, lembram que, por meio da morte de Cristo na Cruz, houve a redenção.
Cada palavra dita pelo Senhor no momento em que, por amor, salvou a humanidade, traz um sentido à vida, que deve ser refletido e seguido pelos fiéis. Esses ensinamentos foram estudados pelo cardeal Gianfranco Ravasi. Ele escreveu o livro “Le sette parole di Gesù in croce” (As sete palavras de Jesus na cruz, em português).
A obra explora as profundas implicações teológicas e espirituais das Sete Últimas Palavras de Jesus na Cruz. O autor busca as explicações de detalhes desse momento, devido à relevância para a compreensão do sacrifício do Filho de Deus e seu significado para a vida cristã. Ele analisa como o que foi dito explica temas como perdão, redenção, amor divino, solidariedade humana e a consumação da obra salvífica de Cristo. É uma reflexão acessível sobre a mensagem dessas palavras e seu impacto na fé e na prática cristãs.
“Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem.” (Lc 23,34)
Essas palavras demonstram o seu imenso amor e misericórdia, mesmo enquanto era crucificado. É um exemplo da natureza divina do perdão e a disposição de Deus para perdoar mesmo aqueles que O crucificaram.
O que o Cordeiro de Deus disse, mais que a resposta a um momento, é um dos mais preciosos ensinamentos a todos os Seus filhos, que devem buscar segui-lo mesmo quando parece muito difícil. Afinal, perdoar não é fácil, mas é também uma atitude.
“Mulher, eis aí teu filho… Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe.” (Jo 19,26-27)
Ao confiar Sua Mãe aos cuidados de João, Jesus demonstra seu amor e se preocupa com o bem-estar de Maria e de toda a comunidade. Estabelece Maria como a Mãe espiritual de todos os fiéis, a quem todos podem recorrer.
“Hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc 23,43)
Sempre há tempo para se arrepender dos pecados e o amor do Senhor é misericordioso. No momento em que o Redentor disse a um dos crucificados que estava ao seu lado, “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”, Ele mostra a redenção e salvação a partir do Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida. Essa afirmação indica que, mesmo na hora da morte, há espaço para o arrependimento e a graça divina.
“Meus Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46).
A exclamação de Cristo sobre sentir-se abandonado por Deus demonstra a profunda união de Jesus com a experiência humana do sofrimento e da solidão. Ele não precisava passar por isso, mas experimentou todas as formas de sofrimento humano, inclusive o sentimento de abandono.
“Tenho sede” (Jo 19,28)
Ao dizer que tem sede, o Senhor faz referência ao cumprimento das Escrituras, especificamente ao Salmo 22: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará.”
“Tudo está consumado” (Jo 19,30)
Quando o Salvador diz “está consumado”, Ele proclama que sua missão na Terra, de trazer a salvação e reconciliar a humanidade com Deus, foi cumprida. Esse momento demonstra a importância da morte de Jesus como plano da obra redentora de Deus.
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46)
Jesus se entregou de forma completa, mesmo na hora da morte. Ele tinha confiança no plano divino e mostra sua aceitação da vontade de Deus, assim como todos que creem devem fazer.
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