“Qual seu signo?” Provavelmente, alguém já lhe fez essa pergunta. Também é possível que você já tenha escutado as previsões para seu signo no “Horóscopo do dia”. A palavra horóscopo significa mapa da hora. Por isso, para saber qual o signo de alguém é preciso saber qual era a posição dos planetas do zodíaco no nascimento. Há quem acredite e também existem pessoas que desconfiam do que dizem os astrólogos.
Aqui no IDe+ a gente já respondeu muitas coisas para você, incluindo se católicos podem jogar baralho; se católicos podem comemorar Holloween; o que o catolicismo diz sobre a cremação e ainda se é possível casar fora da igreja, como na praia. Mas o que será que o catolicismo acha do horóscopo?
O teólogo e supervisor de orientação espiritual da Obra Evangelizar É Preciso, Paulo Pacheco, explica que a Igreja católica não considera o horóscopo como algo real.
“As bases que fundamentam o conceito são ultrapassadas e não possuem nenhum respaldo científico. Dessa forma, a Igreja não considera como válida. Além disso, o horóscopo também contraria os ensinamentos das Escrituras Sagradas, em que somente em Deus encontramos respostas do nosso passado, presente e futuro”.
“Contudo, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem são todas as coisas e pelo qual nós existimos” (1 Cor 8, 6).
O catolicismo, portanto, rejeita todas as formas de adivinhação. No ensino religioso há uma passagem específica sobre o tema, a qual diz: “a consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos ‘médiuns’, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele” (Catecismo da Igreja Católica, 2116).
Outro ponto importante apontado pelo teólogo é que quem também faz rejeição quanto ao horóscopo são os Santos Padres, tal como São Gregório de Nissa, que reduz ao absurdo a ideia de que a posição das estrelas no nascimento determina o destino dos homens; São João Damasceno, que nega o princípio de causalidade astrológico e também Santo Agostinho, que ensinava que Deus não age pelos Astros.
Santo Agostinho, no livro “Confissões”, destaca ainda que não há relação entre o cristianismo e o horóscopo porque não se tem respaldo algum nessa crença. Isso porque se fosse realmente verdadeiro, irmãos gêmeos, tal como Esaú e Jacó seriam muito parecidos e ambos tiveram vidas completamente opostas. “Ora, tal conceito é totalmente ilógico e contraria a fé cristã que somente a Deus cabe determinar e conduzir a vida humana”.
Quando cita a Bíblia, Paulo refere-se a diferentes passagens que condenam tais práticas, entre elas, a de Isaías 8,19:
“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?”
Paulo ainda sugere a leitura de: Levítico 19,31; 20,6, 27; 2 Reis 21,6; Ezequiel 13,18 e Malaquias 3,5 para entender ainda mais sobre o assunto.
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