Bem, amigos do esporte e da criatividade! Preparem-se para jogadas que fazem história e atravessam gerações como uma atividade para fazer em família. Nesse campo, idosos e jovens podem competir à vontade. Uma tradição original do Brasil, que vai muito além de simples botões e mesas improvisadas. É hora de conhecer as origens e curiosidades desse esporte que conquistou corações e resiste ao tempo: o futebol de botão!
No fim dos anos 1920, enquanto o futebol tradicional conquistava os campos de todo o mundo, uma versão inusitada da paixão pelo esporte começava a ganhar forma. Inspirado na modalidade de campo, o futebol de botão, também conhecido como futebol de mesa ou futmesa, dava seus primeiros passos, ou melhor, jogadas. A brincadeira usava botões de roupas como jogadores e uma placa de celotex, material utilizado em forros e paredes na época, servia como campo.
O jogo evoluía, mas foi em 1930 que Geraldo Cardoso Décourt deixou sua marca nessa história. Ele publicou o livro “Regras Officiaes do Foot-ball Celotex” e foi um verdadeiro golaço de criatividade e regulamentação. Assim, deu a base do futebol de botão e estabeleceu o Dia do Botonista, comemorado no aniversário de Décourt: 14 de fevereiro.
Ao longo das décadas, o futebol de botão virou uma paixão nacional, reconhecido oficialmente como uma modalidade desportiva no Brasil em 1988. Hoje, é praticado no mundo todo e ganha variações. A Confederação Brasileira de Futebol de Mesa reconhece oito modalidades distintas, cada uma com suas próprias regras, encantos e desafios.
A modalidade 1 toque foi inicialmente conhecida como “regra baiana”. Com duas variações – botão liso e botão livre (cavado por baixo) – essa modalidade exige técnica refinada e estratégia apurada.
As mesas, com altura de 78 cm, revestidas preferencialmente em verde, são os campos de batalha. Com dimensões de 2,2 m por 1,6 m, o campo de jogo é demarcado com precisão, e as traves, com 15 cm por 6 cm, são testemunhas de muitos golaços.
Os atletas do futebol de botão são chamados técnicos, com botões de até 6 cm de diâmetro e 1 cm de altura como jogadores. O goleiro, um paralelogramo de 6 cm por 3,8 cm, com espessura de 2 cm, defende o gol. A bola é um disco de 1 cm de diâmetro e 0,2 cm de altura e rola pelos campos de botões com a promessa de muitos lances emocionantes.
Assim como no campo tradicional, o futebol de botão tem seu tempo regulamentar. Com jogos de 50 minutos, divididos em dois tempos de 25 minutos e um intervalo de 5 minutos, a competição é intensa. E, claro, quem faz mais gols leva a vitória para casa.
Mas o futebol de botão não é apenas sobre gols e vitórias. Deixa lições sobre respeito ao adversário, aceitação da derrota e jogo limpo. Cada lance, cada peteleco nos botões, é uma oportunidade de crescimento, diversão e interação.
Do Pará ao Rio de Janeiro, do Celotex às mesas personalizadas, a atividade faz parte da cultura esportiva brasileira. É mais do que uma brincadeira: tradição que resiste ao tempo, uma expressão de paixão e dedicação.
No jogo da vida, na qual cada lance é uma oportunidade, a atividade ensina que, mesmo com pequenos botões, podemos marcar grandes gols.
Nesse campo, desde a origem, a criatividade reina e todos sempre são bem-vindos.
O Museu do Futebol fez um passo a passo para quem quer montar o próprio jogo. Veja!
A Confederação Brasileira de Futebol de Mesa é a entidade que representa o esporte dentro e fora do território brasileiro e está ligada à Secretaria de Esporte do Governo Federal. Tem por objetivo difundir e incentivar a modalidade.
Acompanhe as competições programadas para 2024: Confederação Brasileira de Futebol de Mesa.
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