Um comprimido colorido, das cores do arco-íris, que lembra balinhas de criança, mas que o poder de destruição é 50 vezes maior que o da heroína. O fentanil é uma droga sintética que, no início, surgiu como uma medicação para a dor, sendo mais forte, por exemplo que a popularmente conhecida morfina. No entanto, muitos jovens, sobretudo dos Estados Unidos, estão usando o remédio como uma droga entorpecente.
Tão viciante quanto qualquer outra, essa droga produz a sensação de relaxamento extremo do corpo e uma pequena confusão mental. Como efeitos colaterais estão a depressão respiratória, redução da pressão arterial e dependência química.
Na sua versão multicolorida pode atrair ou enganar jovens levando-os a pensar que é algo seguro, mas especialistas dizem que o fentanil ilícito está escondido no que parecem ser outros produtos há muito tempo. Não é uma droga proibida de comercialização, uma vez que segue agindo como um medicamento. No entanto, há necessidade de prescrição médica e em doses controladas de acordo com a orientação médica para cada caso.
Em 2021, em média, 182 pessoas morreram por overdose de fentanil nos Estados Unidos. E os números podem ser ainda maiores, já que não são todos os casos confirmados. No ano passado, o Departamento de Segurança do país apreendeu mais de 4,5 toneladas da substância e 50 milhões de comprimidos. A quantidade é suficiente para exterminar toda a população do país. Inclusive, foi o fentanil o responsável por 77,4% das mortes por drogas nos Estados Unidos em 2022.
Por ser uma pílula colorida e pequena, parecendo inofensiva a olho nu, os traficantes estão conseguindo atingir muitos jovens. Só que, mesmo fabricado de maneira ilícita, o produto é muito letal e pode causar overdose em qualquer pessoa.
Por ser uma pílula colorida, o fentanil pode parecer inofensivo. No entanto, pode matar.
A dependência em opioides em países como Estados Unidos e Inglaterra tem um contexto relacionado ao fim da Guerra. O motivo? Muitos dos soldados precisaram usar, por toda a vida, medicamentos para dor.
Ao mesmo tempo, esses soldados iam para a guerra e voltavam viciados nos opioides. E assim traficantes viram uma oportunidade de negócio criminosa para disseminar a droga em territórios onde havia pessoas que tinham voltado de conflitos.
A droga que é uma epidemia nos Estados Unidos não atingiu o Brasil. Um dos porquês é que o país é muito longe da Ásia (onde há produção da droga), com difícil acesso (há poucas rotas marítimas e aéreas ligando os continentes). Além disso, o preço da droga é muito superior a outras comercializadas, como o crack (que custa apenas 10 reais, em comparação aos 450 do fentanil).
Apesar de não estar entre os principais rotas de risco para esse consumo, é importante que quem vive no Brasil saiba dessa informação, oriente e acompanhe jovens e crianças para que se afastem desse mal e de todas outras versões de medicamentos com fins desviados. Em períodos de férias escolares, por exemplo, como destacamos neste post, especialistas alertam sobre o aumento do risco da automedicação entre crianças e adolescentes.
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