O que você gostaria de saber sobre a escolha de um Papa?

O que você gostaria de saber sobre a escolha de um Papa?

Você sabe como o Papa é escolhido? E por que os líderes da Igreja Católica escolhem novos nomes? Essas são algumas das dúvidas mais comuns sobre o Pontífice, respondidas em 2024 na matéria especial pelo Dia do Papa, celebrado em 29 de junho.

A data faz referência a São Pedro, escolhido por Jesus como primeiro líder da Igreja, que foi condenado à morte pelo então Imperador de Roma, Nero. Crucificado, o apóstolo de Jesus tem essa como a sua provável data de morte.

Desde São Pedro, a Igreja teve 266 Papas e muitas histórias de inspiração e entrega à missão dada pelo Salvador (São Marcos 16,15). Pelo Instagram do IDe+ e da Associação Evangelizar É Preciso, seguidores enviaram perguntas sobre os Pontífices. Veja algumas delas e as respostas:

 

1. Qual o processo (critérios) para se escolher um Papa?

Ao longo dos séculos, a eleição do Santo Padre, que acontece com o falecimento ou renúncia do anterior, passou por modificações. Contudo, a definição do processo como é conhecido hoje se deu em 1271, instituído pelo Papa Gregório X. Ele estabeleceu que o modo de escolha passaria a ser “cum clave”, do latim “com chave”, com restrições progressivas com o passar do tempo de votação. A Assembleia de Cardeais reúne-se com total sigilo e isolamento no Vaticano.

A data de início do novo Conclave foi anunciada pela Santa Sé para 7 de maio de 2025.

 

2. Quem escolhe? É por indicação?

Cardeais do mundo inteiro integram os votantes. Em 2025, serão 133 cardeais que participarão da escolha do novo Pontífice, de acordo com o site Vatican News.

Participam todos aqueles que não tenham 80 anos até o período de Sé Vacante (quando há ausência de Papa). Preside o Conclave o Cardeal mais antigo da Ordem dos Bispos. Para ser eleito, o escolhido precisa receber dois terços do total de votos. Nenhum Cardeal pode se abster do voto, nem votar em si mesmo. Quando o requisito da maioria de votos não é alcançado, os papéis são queimados com produtos químicos que convertem a fumaça na cor negra, indicando ao mundo exterior que a eleição prossegue ainda sem resultado final.

Caso não haja um eleito depois de três dias, a votação é suspensa por um dia para oração, discussão e exortação espiritual. Há então mais sete votações e mais uma pausa com o mesmo intuito. Isso pode acontecer por mais duas vezes. Se ainda não houver solução, os Cardeais podem decidir se a próxima eleição será definida por maioria absoluta ou uma espécie de “segundo turno”, em que os dois que receberam mais votos na votação anterior podem ser escolhidos por maioria absoluta. Há mais detalhes, mas esses são os principais pontos para a definição.

 

3. Precisa ser Bispo primeiro? Padres comuns podem ser Papa?

Não existem requisitos básicos para que uma pessoa seja eleita Papa. Na prática, o eleito há muitos séculos tem sido um Cardeal. Caso o Cardeal eleito ainda não seja Bispo, é ordenado logo após a eleição – já que o Santo Padre é o Bispo de Roma, conforme a Constituição Católica determina. Os Cardeais são a mais alta hierarquia na Igreja depois do Papa. Já os Bispos, considerados os sucessores diretos dos apóstolos de Cristo, são responsáveis por administrar as dioceses.

 

4. Qual a idade mínima para se tornar Papa?

Não há uma idade mínima estabelecida. Sobre esse ponto, existem trajetórias que são consideradas e, consequentemente, anos dedicados a essa construção. João Paulo II se tornou Papa aos 58 anos, Papa Bento XVI aos 78 anos e Papa Francisco aos 76 anos.

 

5. Como fazem para escolher a nacionalidade do Papa?

A nacionalidade não é um critério de escolha do Pontífice, mas há curiosidades sobre esse tema. O Papa São João Paulo II, eleito em 1978, por exemplo, foi o primeiro Papa não italiano após 455 anos – desde Adriano VI –, o primeiro polonês da história e também o primeiro de um país de língua eslava. Já o Papa Francisco foi o primeiro não europeu a liderar a Igreja Católica desde o sírio Gregório III, no século VIII.

 

6. Por que os Papas escolhem novos nomes quando eleitos?

Até 532, todos os sucessores de São Pedro usavam seus nomes de batismo e indicavam também sua procedência, como Anacleto Romano. A mudança de nome teve início quando um eleito chamado Mercúrio “o romano” optou por trocar, pois seu nome tinha conotações pagãs. Ele adotou então João II. A partir desse momento, muitos de seus sucessores continuaram essa prática, optando por nomes dos apóstolos, mártires ou outros Pontífices. Desde então, apenas dois Papas mantiveram seus nomes de batismo. Além disso, a escolha do novo nome é uma forma de homenagear ou honrar um predecessor cuja história tem bastante importância, inspira e encaminha outras pessoas.

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Conteúdo adaptado do texto originalmente publicado no espaço IDe+ do Jornal do Evangelizador / Edição 201 – Junho de 2024

 

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