O significado da Parábola do Oleiro e como ser um “vaso novo”

O significado da Parábola do Oleiro e como ser um “vaso novo”

Deus conhece cada filho em profundidade, com todas as suas características e potencialidades. Tudo sabe, tudo vê e tudo pode. Por isso, confiar na Palavra para segui-la com a certeza do seu amparo infalível deve ser uma busca diária dos fiéis (Romanos 8, 28).

As Escrituras Sagradas apresentam esse caminho também por meio de diversas parábolas. Uma delas, que traz um profundo significado, especialmente durante a Quaresma, é a Parábola do Oleiro (Jeremias 18,1-6). Para entendê-la, é importante antes conhecer a história de Jeremias. Quando ele ainda era jovem, o Senhor o chamou para ser seu profeta, ou seja, para servir: “A todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto eu te mandar, falarás” (Jeremias 1,7).

Assim como muitas pessoas fazem diante de grandes desafios, Jeremias, inicialmente, ofereceu resistência à confiança que o Senhor depositou nele e julgava ainda não ter essa capacidade. Deus, porém, tinha ciência do potencial daquele que ainda se achava um menino e disse: “Antes que te formasse no ventre de tua mãe, eu já te conhecia” (Jeremias 1,5). Aqui está a certeza que nunca pode faltar ao coração: Ele sabe o que esperar de cada vida.

“Esta é a palavra que veio do Senhor a Jeremias: ‘vá à casa do oleiro, e ali você ouvirá a minha mensagem’. Então fui à casa do oleiro, e o vi trabalhando com a roda. Mas o vaso de barro que ele estava formando estragou-se em suas mãos; e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade. Então o Senhor dirigiu-me a palavra: ‘Ó comunidade de Israel, será que não posso eu agir com vocês como fez o oleiro?’, pergunta o Senhor. ‘Como barro nas mãos do oleiro, assim são vocês nas minhas mãos, ó comunidade de Israel’” (Jeremias 18,1-6).

O que o Senhor ensina por meio desse texto? Quem explica é a Irmã Maria Eugenia da Silva, da Congregação das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, que também é enfermeira no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, e lida diariamente com situações de muita dificuldade e transformação.

“Assim como Jeremias, nós também temos uma missão, passamos por muitas aflições e provações, mas devemos ter a certeza de que o Senhor nos escolheu e conhece, que sabe que somos frágeis. Devemos nos colocar com humildade, flexibilidade e confiança em Suas mãos de Divino oleiro, para que possamos ser refeitos, remodelados, segundo a Sua bondade e misericórdia”, reflete a religiosa sobre a busca por ser, literalmente, um “vaso novo”.

Irmã Maria Eugênia acrescenta que esse tema leva à confiança na certeza de que Deus, o Divino oleiro, tem um plano, um verdadeiro projeto de amor sobre as vidas dos Seus filhos, o poder e a paciência de modelá-los à Sua imagem e semelhança.

“Que tal neste tempo da Quaresma, em que somos convidados à conversão, procurarmos ter em nossa mente o desejo de nos deixar modelar por Deus?’”, direciona a irmã.

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Comentários

  • Maria Eugênia da Silva
    Muito bom. Tempo da Quaresma,, tempo de deixar o Senhor nos modelar. Paz e Bem!

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