O silêncio eterno: como foi a partida de São José e por que ele é Padroeiro da Boa Morte?

O silêncio eterno: como foi a partida de São José e por que ele é Padroeiro da Boa Morte? Vitral de igreja francesa em Saint Aubin com a representação da morte de São José

Um dos títulos de São José, celebrado em 19 de março, é o de “Padroeiro da Boa Morte”. Qual seria então a relação do Santo com esse momento pelo qual todos os filhos de Deus têm de passar? Além disso, como será que o pai adotivo de Jesus morreu? Os assuntos estão relacionados, pois essa devoção nasceu pela crença de que o esposo de Maria partiu para a vida eterna com a ajuda da Virgem e de Jesus, antes que ele deixasse a casa de Nazaré.

“Que São José nos ajude a viver o mistério da morte da melhor maneira possível. Para um cristão, a boa morte é uma experiência da misericórdia de Deus, que se aproxima de nós, até naquele último momento da nossa vida”, disse o Papa Francisco em fevereiro de 2022.

São José, padroeiro universal da Igreja Católica, é reconhecido por sua humildade, dedicação e proteção da Sagrada Família. O Santo tem muitos títulos e a Igreja o celebra em março como uma homenagem, instituída pelo Papa Pio IX em 1870.

Modelo de fé, como já ensinou Papa Francisco, diante do incompreensível, São José preferiu, em seu silêncio, posicionar-se de lado. Ele acompanhou o crescimento do Filho de Deus sem julgamentos, ajudou Jesus a se desenvolver, procurou um lugar para seu nascimento, cuidou dele com carinho e ensinou a sua profissão, entre muitos outros ensinamentos.

Tudo isso foi feito com humildade e silêncio. Assim como viveu discretamente para cumprir suas obrigações, sua velhice e morte também foram marcadas por essa discrição. Se o Senhor quisesse que a história de sua morte estivesse na Bíblia, assim teria acontecido. Contudo, a Tradição acredita que, assim como viveu, São José partiu: em meio ao silêncio.

A morte de São José

Segundo a Tradição, São José certamente não estava vivo quando Jesus começou seu ministério. A primeira razão para esse entendimento é que, após o início do ministério público, José não é mais mencionado nos Evangelhos com Jesus, Maria ou a família. “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 55), as pessoas perguntavam.

Ainda, Jesus confiou os cuidados de Maria a João durante a crucificação (cf. Jo 19, 27). Se José ainda estivesse presente, certamente sua Mãe ficaria ao lado do seu esposo. A profecia de Simeão sobre um sofrimento futuro se refere exclusivamente a Maria, não a José.

Outro ponto importante sobre a fé de São José é que ele acreditou, com toda certeza, que Jesus era o Filho de Deus, mesmo antes do Seus milagres serem públicos. Ele não viu a Paixão ou Ressurreição, como tantos outros precisaram presenciar para crer.

Embora não esteja nos Evangelhos, estudiosos da Bíblia, como o religioso dominicano Isidoro de Isolanis, apontam que ele faleceu muito idoso, nos braços de Jesus e de Maria. Conhecido como o padroeiro da Boa Morte, as descrições são que sua partida foi uma passagem suave, cercada do Divino Amor.

A morte bem-aventurada de São José, assim como sua vida, permanecem envoltas em mistério e fé, mas a mensagem a qual todos devem se apegar é que, assim como ele, os fiéis podem acreditar na Promessa e no Reino de Deus.

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