Há dias que tudo o que a gente quer é um abraço, não é mesmo? Um gesto simples, mas de grande poder terapêutico. Dito por quem entende do assunto. Segundo a psicóloga Simone Melo, um abraço apertado e caloroso desperta sensações maravilhosas.
Ela diz que isso acontece porque o gesto promove a produção de substâncias atreladas à felicidade, como a ocitocina e a endorfina. Simone conta que existem estudos que apontam, inclusive, para uma média ideal de abraços por dia: entre 5 e 10. E na ausência deles, palavras podem dar conta do recado.
São muitos os tipos – as classificações na internet são as mais diversas possíveis –, mas três se destacam: o de cumprimento, aquele simples quando se encontra alguém que se quer bem; o de solidariedade, para confortar quem passa por um momento difícil; e o de celebração, muito comum quando uma boa nova acontece.
Para Simone, em cada uma dessas situações, tanto quem recebe quanto quem transmite o gesto de carinho desfruta dos muitos benefícios que cabem dentro de um abraço.
Conheça alguns deles:
- sensação de acolhimento: estimula a produção de ocitocina e endorfina, provoca relaxamento e deixa as pessoas mais felizes;
- empatia: é capaz de romper a barreira do distanciamento para demonstrar que nos importamos com o outro;
- demonstração de afeto: tem o poder de dizer o que muitas vezes não se consegue verbalizar;
- redução de estresse e da pressão arterial: com a ocitocina alta, doenças cardíacas, estresse e crises de ansiedade se tornam mais difíceis.
Motivos suficientes para fazer igual a Gilberto Gil em sua canção e distribuir por aí “aquele abraço”.
Em um estudo muito interessante, realizado pelo psicólogo Sheldon Cohen, que provou a liberação do hormônio do amor, a oxitocina, durante o abraço, também foi comprovada a prevenção de doenças infeciosas, como a gripe, acredita?
Pois bem… Um grupo de 404 adultos saudáveis foi analisado e entrevistado por meio de ligações telefônicas realizadas por 14 noites seguidas. Depois dessa primeira fase, o grupo foi intencionalmente exposto ao vírus da gripe e colocado em quarentena. A monitoração mostrou algo surpreendente: um terço das pessoas pesquisadas não desenvolveu os sintomas da gripe, as mesmas que receberam mais abraços e apoio de pessoas de confiança.
A conclusão é de que o afeto pode prevenir doenças e promover bem-estar. Ou seja: abraçar faz muito bem à saúde.
A importância do abraço para as nossas vidas tem respaldo bíblico. Isso porque são muitos os versículos que tratam dessa demonstração de afeto e carinho na escritura sagrada.
O próprio Jesus Cristo abraçou todos os marginalizados da sua época, adultos e crianças (Marcos 10,16). Assim, demonstrou-lhes o real amor e dedicação às suas necessidades. Na Bíblia, o gesto se apresenta como sinal de respeito, acolhimento e bondade.
No sentido figurado, essa mesma mensagem se repete. Afinal, conforme o texto sagrado, a atitude de Deus em relação ao seu povo é semelhante a de um pai que abraça e acolhe ao seu filho que andava distante (Lucas 15,20).
Jesus também disse que gostaria de acolher a Jerusalém, tal qual uma galinha que abraça e reúne os seus filhos (Mateus 23,37).
Cânticos 8,3
“O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça, e o seu braço direito me abrace.”
Provérbios 4,7-8
“A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento. Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.”
Por meio desses versículos, como se vê, a Bíblia também aconselha os cristãos a “abraçarem” a sabedoria. E a fé em Deus, é claro.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.