Muitas passagens bíblicas citam a atividade da pesca, praticada por vários homens como profissão de fato ou para alimentar suas famílias. Entre esses pescadores, estavam Simão Pedro, André (irmão de Pedro), João (irmão de Tiago Maior) e Tiago Maior, que abandonaram suas redes e barcos para serem discípulos e apóstolos de Jesus.
A Bíblia conta que alguns trabalhavam com suas redes de pesca, remendando-as e lançando-as ao Mar da Galileia na primeira vez em que se encontraram com aquele que seria seu Mestre (Mateus 4,18-21; Marcos 1,16-20; Lucas 5,1-2).
“E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; e disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no” (Mateus 4,18-22).
O Mar da Galileia na verdade é um lago imenso ao norte de Israel, com aproximadamente 21 km de comprimento por 13 km de largura. Foi nele e em cidades e vilarejos em seu entorno que Jesus realizou vários milagres. Um dos mais famosos foi a multiplicação dos peixes, quando morou em Carfanaum.
Na verdade, esse foi um dos dois milagres com peixes conhecidos como Pesca Milagrosa. Ocorridos com anos de diferença, nos dois eventos os pescadores não conseguiam obter peixes. Jesus, então, diz para lançarem mais uma vez as redes ao mar. Ao içá-las, percebem, atônitos, que estão cheias de pescados.
De acordo com o Evangelho de Lucas, o primeiro milagre foi realizado no início do ministério de Jesus, que na ocasião recrutou Pedro, Tiago e João como discípulos. Já o segundo fato milagroso – também conhecido como “pesca dos 153 peixes” – aconteceu após a Ressurreição de Cristo e está relatada no Evangelho de João 21, 1-14.
Alguns métodos de pesca usados pelos pescadores citados na Bíblia perduram até hoje, principalmente entre os chamados “pescadores artesanais”, como o uso de redes, anzóis e lanças.
“E os pescadores gemerão, e suspirarão todos os que lançam anzol ao rio, e os que estendem rede sobre as águas desfalecerão” (Isaías 19,8).
O próprio Jesus fala em anzol, durante uma conversa com Simão Pedro:
“Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter*; toma-o, e dá-o por mim e por ti” (Mateus 17,27).
O padroeiro dos pescadores é São Pedro, apóstolo também comemorado no dia 29 de junho.
* Estáter: no cristianismo, moeda de ouro que correspondia a 4 dracmas, usada para o pagamento de impostos.
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