Padre Odilon: uma lição de afeto, um mês de saudade

Padre Odilon: uma lição de afeto, um mês de saudade

No mês passado, o Santuário Nossa Senhora de Guadalupe e de Jesus das Santas Chagas perdeu um de seus mais queridos membros, o Padre Odilon Barbosa.

“Ele tinha hábitos simples, uma humildade sem mensuração, uma fé imensa na Eucaristia. Por onde passou deixou seu legado de humildade, simpatia e acolhimento”. Nos conta Carlos Eduardo P. de Carvalho, coordenador do Conselho Pastoral Paroquial do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe e de Jesus das Santas Chagas.

O Padre Odilon nasceu em 15 de outubro de 1930, na cidade de Marília, interior de São Paulo, tendo sido o filho caçula dos doze que o casal Corbiniano Amanso e Maria Madalena Barbosa tiveram. Educado em família muito católica, cursou o primário, que eram os primeiros quatro anos de estudo, em uma escola pública de Marília/SP. Passou para o ginásio ou secundário já no Seminário dos Padres Estigmatinos em Rio Claro/SP. Fez os 3 anos de colegial ou científico, como era chamado, no Seminário de Ribeirão Preto/SP, também dos Estigmatinos. Após, realizou seus estudos de Filosofia no Seminário menor.

Terminado o Seminário Menor, o Padre Odilon recebeu a batina, entrando no noviciado. Passou, após um ano, ao Seminário Maior, no mesmo edifício em Ribeirão Preto, onde também iniciou seus estudos de Teologia. Passou apenas o último ano no Seminário da Assunção, em São Paulo/SP.

Recebeu então a ordenação, pelas mãos de Dom Hugo Bressane, Bispo da Diocese de Marília. Depois de ordenado, Padre Odilon se muda para São Paulo, para a Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, no bairro da Mooca. Dali, foi transferido para Ituverava-SP, percorrendo um itinerário de Paróquias em Ituiutaba (MG), Barretos (SP) e Tupaciguara (MG). Passou 3 anos fora do Brasil, sendo um ano e meio no Canadá e o restante nos Estados Unidos.

Durante 32 anos, foi Missionário no estado da Bahia, passando por cidades do sertão baiano, como Irecê, Rui Barbosa, Caetité e Vitória da Conquista. Em 2003, Padre Odilon foi transferido para a cidade de Curitiba, para a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Jardim Botânico.

Finalmente, em 2004, ele começou a ajudar o Padre Reginaldo Manzotti, então pároco da Paróquia São José dos Pinhais, no município de Pinhais. Quando o Padre Reginaldo assumiu a Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no bairro Guabirotuba, o Padre Odilon o acompanhou, assim como em 2006, dessa vez já para a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no centro de Curitiba. Ali ficou por muitos anos, presidindo Missas, ministrando os sacramentos da unção dos enfermos e do batismo, assistindo em casamentos e, principalmente, ministrando o sacramento da Reconciliação (Confissão).

“Ele sempre dizia que a vida deve seguir o seu ciclo naturalmente”, conta Carlos Eduardo. O Padre é sempre lembrado com muito carinho por todos que o conheceram, principalmente pela sua afetividade. “Padre Odilon saía bem cedo, todos os dias, de seu Santuário, Nossa Senhora de Lourdes, no Jardim Botânico, e fazia o trajeto a pé até o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, sempre passando no caminho pela Rodoviária de Curitiba, onde alguns motoristas sempre o aguardavam para receberem a bênção do sacerdote e abençoando também os ônibus”, conta Carlos. Ele nos lembra como o Padre prezava pelos horários, chegando pontualmente no Santuário, quando ocupava o seu lugar no confessionário, ali ficando até o final da Missa. “Ele acompanhava atentamente a homilia do Padre Reginaldo e estava sempre à disposição do Santuário para presidir as Missas e outras atividades”, acrescenta.

Foram muitas as lições sobre a vida e sobre os afetos que compartilhamos nela deixados pelo Padre Odilon. Carlos ainda nos fala dos seus hábitos humildes, sempre acolhedor e simpático com todos: “Quando ele se inteirava sobre um assunto e entendia, ele sempre dizia: Tem sentido. Ele gostava das coisas sempre certas, qualquer assunto que tivesse razão para tal justificativa, um malentendido, ele avaliava e sempre dizia: É justo. Gostava muito de frutas, principalmente banana e goiaba e não dispensava um biscoito de polvilho. Não comia carne, pois foi uma opção dele na vida. As pessoas sempre se preocupavam com ele, com sua saúde, estavam todos de olho para ver se ele precisava de alguma coisa e todas as pessoas eram solidárias com ele. Nos deixou muita saudade”.

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Comentários

  • Ricardo paim
    Ele realmente era uma pessoa inspiradora e amorosa, tomei muitos chás em companhia dele, e era realmente muito alegre, muitas saudades, foi um dos melhores sacerdotes que já passou em minha paróquia em vitória da conquista

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