Paixão nacional, conheça curiosidades e tendências do café brasileiro

Acordar, preparar, sentir seu cheiro e… tomar aquela velha e boa xícara de café. Para milhões de brasileiros, de várias realidades diferentes, este ritual matinal indispensável é bem comum. Muito mais que uma simples bebida, o café é uma tradição da cultura nacional, faz parte da rotina e da história do país.

O Brasil é conhecido mundialmente pela qualidade do seu café, com uma produção que se destaca tanto em quantidade quanto em excelência. O processo do cultivo, do grão até a xícara, é cheio de etapas, culturas e curiosidades. Produtores rurais, em todo o país, se dedicam ao cultivo e hoje contam com aliados importantes, como a tecnologia e técnicas produtivas avançadas.

A história do café no Brasil começou no século XVIII, quando as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa. Desde então, o café impulsionou a economia brasileira, moldou a paisagem social e cultural. Em muitas regiões, é sinônimo de hospitalidade e socialização. Afinal, tomar um cafezinho combina de encontro, conversa e visitas, como um gesto de carinho e acolhimento que continua sempre “em alta”.

Bastante diversificado, o café brasileiro produz tanto o arábica quanto o robusta em grande escala. O arábica, conhecido pelo sabor suave e aromático, é cultivado em altitudes mais elevadas. Já o robusta, mais encorpado e amargo, é cultivado em regiões mais baixas e quentes. Essa diversidade permite que o Brasil atenda a diferentes mercados e preferências.

Nos últimos anos, a sustentabilidade é uma questão de destaque da cafeicultura brasileira. A agricultura regenerativa, que propõe restaurar os ecossistemas e promover a biodiversidade, tem ganhado espaço entre os produtores, inclusive pelas necessidades do mercado e dos consumidores. A prática melhora a saúde do solo e a qualidade da água e também contribui para a mitigação das mudanças climáticas ao sequestrar carbono na terra.

Discutidas no mundo inteiro, as tendências buscam indicar o futuro da produção e do consumo, com inovação, sustentabilidade e colaboração. Veja cinco apostas, elaboradas pela Revista Cafeicultura, que devem influenciar fortemente a cafeicultura brasileira nos próximos anos:

• Governança eficiente: a busca por uma governança sólida e transparente dentro da cadeia de produção do café é essencial e já não deixa margem para o que não está de acordo com esse princípio, inclusive devido aos acordos internacionais firmados, que envolvem todas as etapas da cadeia.
• Agricultura regenerativa: deve ser estimulada pela indústria e pelo comércio, pois trata-se de uma sustentabilidade real e não apenas de um cumprimento de protocolos.
• Inteligência artificial: o uso de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, tem revolucionado a maneira como o café é cultivado. A IA pode aumentar a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade. O desafio será a adesão dos produtores e a infraestrutura tecnológica necessária.
• Controle da origem: a rastreabilidade do café, com informações detalhadas sobre sua origem e processo de produção, é um diferencial. No Brasil, o movimento das Indicações Geográficas está crescendo, que demonstra a real diversidade do país e proporciona mais transparência e confiança para os consumidores.
• Adaptação ao clima: investimentos em técnicas e variedades resistentes a condições climáticas extremas são necessários. Efeitos migratórios na cafeicultura podem ser mitigados com tecnologia, mudanças no manejo e conscientização dos produtores sobre a importância da adaptação.

Da história às tendências atuais, da produção ao momento de servir, mais forte ou mais suave: a todo momento, e de todos os jeitos, o café é muito importante para o Brasil e para os brasileiros. Muita coisa pode mudar, mas essa característica parece ter vida forte e longa.

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