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Depois de permanecer em viagem ao Bahrein, no Oriente Médio, o Papa Francisco declarou que as mulheres em cargos de liderança contribuíram (e seguem contribuindo) para que o Vaticano melhore seu desempenho. A afirmação do Pontífice reforça a luta da Igreja pela valorização das mulheres.
“Percebi que toda vez que uma mulher recebe um cargo [de responsabilidade] no Vaticano, as coisas melhoram. As mulheres são um presente. Deus não criou o homem e depois lhe deu um cachorrinho para brincar. Ele criou o homem e a mulher”, afirmou Francisco.
Desde que assumiu o mais alto cargo da Igreja Católica, Papa Francisco destaca a importância de combater o machismo e a necessidade de valorização e reconhecimento das mulheres. “Esse machismo mata a humanidade, precisamos de mulheres na sociedade que nos ajudem a mudar”, acrescentou nessa mesma conversa com os jornalistas.
Ele já nomeou várias mulheres para cargos de gestão e liderança no Vaticano, incluindo cinco para o departamento de finanças, uma para vice-ministra das Relações Exteriores, vice-chefe da Sala de Imprensa e a diretora dos museus do Vaticano. Além disso, o Papa Francisco nomeou quatro conselheiras mulheres para o Sínodo dos Bispos.
“Mas devemos dizer a verdade. A luta pelos direitos da mulher é uma luta contínua. Porque, em alguns lugares, a mulher consegue ter uma igualdade com os homens. Mas em outros lugares não consegue. Não? Eu me lembro nos anos 50 no meu país, quando houve a luta pelos direitos civis das mulheres, para que as mulheres pudessem votar. Porque até os anos 50 mais ou menos só os homens podiam votar no meu país. E penso nesta mesma luta nos Estados Unidos, famosa, pelo voto feminino. Mas por que – me questiono – a mulher deve lutar assim para manter os seus direitos?”, afirmou o Papa no voo de retorno a jornalistas.
Outra figura de destaque ao lado de Francisco está na cidade do Vaticano, que tem como vice-governadora a irmã Raffaella Petrini, exemplo de gestão eficiente e de destaque.
“Todos os direitos da mulher vêm desta igualdade. E uma sociedade que não é capaz de colocar a mulher no seu lugar não vai adiante”, confirmou.
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