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Foto: https://www.nasa.gov/people/michael-s-hopkins-colonel-u-s-space-force-nasa-astronaut/
A fé realmente não tem limites e as conexões entre o céu e a Terra são grandes bênçãos. Basta pensar na relação de intercessão dos Santos ou mesmo a proteção e amparo de Deus. Esta história, porém, superou, de fato, certos limites humanos e do espaço: em 2013, o astronauta Mike Hopkins levou hóstias consagradas à Estação Espacial Internacional.
Criado em uma família protestante, Mike conheceu de perto o catolicismo quando casou com uma mulher católica. A família já criava as duas filhas na mesma fé da mãe, mas o pai ainda não sabia se era o que queria seguir. Porém, como ele contou ao Catholic News Service, em um determinado momento sentiu um vazio e a sensação de que algo estava faltando. Foi quando ingressou no Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RCIA).
Pouco tempo depois de se converter, precisou ir a uma missão espacial por 24 semanas e se viu diante de um dilema: como poderia receber a Eucaristia sem ir à Santa Missa? E foi aí que entrou o apoio da sua comunidade e do seu diretor espiritual, Padre James H. Kaczynski, da Igreja de Santa Maria, no Texas.
Com o auxílio do Sacerdote, ele obteve permissão especial da Arquidiocese de Galveston-Houston para transportar seis hóstias consagradas que, por sua vez, foram divididas em 4 pedaços cada e, assim, ele poderia receber Jesus Eucarístico uma vez por semana.
“Esses momentos podem ser estressantes. Saber que Jesus estava comigo quando saí pela porta para o vácuo do espaço foi importante para mim”, disse na entrevista ao serviço de notícias católicas.
Sobre a importância da Eucaristia, Padre Reginaldo Manzotti, fundador da Obra Evangelizar É Preciso e colunista do IDe+, explica que Jesus instituiu a Eucaristia na noite em que foi entregue, enquanto dividia a ceia com os apóstolos. Por isso, nutrir-se de Jesus Eucarístico significa entregar-se a Ele e deixar que seja guia soberano.
“Jesus inaugura o rito eucarístico, oferecendo aos apóstolos o sacramento do pão e do vinho, seu próprio corpo e sangue em comida e bebida e mandando que fizessem o mesmo em sua memória. Deu-lhes o poder de realizar este Sacramento, até que Ele venha”.
Em outro artigo, o Sacerdote também escreveu sobre a Eucaristia de uma maneira que responde até ao sentimento de vazio que o astronauta confessou sentir antes de se converter. Fica claro como ele tinha compreendido de maneira profunda o que significa receber o corpo de Cristo.
“A Eucaristia é o sinal do Eterno. É a presença real de Jesus que ameniza a fome e a saudade, e nos impulsiona a ir em frente e a buscá-lo sempre mais. Jesus nos nutre daquilo que somos por excelência, aquilo que nos tornamos, aquilo que fomos e um dia seremos. Nós estamos nessa peleja todo dia, procurando nos saciarmos de Deus”, escreveu Padre Reginaldo Manzotti.
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