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Reprodução redes sociais
Nos anos de 2020 e 2021, Pietra Silvestri e Gabriel Fuverki, respectivamente, formaram-se no Curso Técnico de Teatro do Colégio Estadual do Paraná, grande conquista para os dois, que são pessoas com síndrome de Down – uma demonstração de que é possível superar qualquer dificuldade em nome de um sonho e do direito de ser um cidadão respeitado. Além de atores formados, eles são namorados.
O casal também atua como influenciadores em suas redes sociais e postam vídeos sobre inclusão, superação e diversidade. Conheça um pouco mais sobre esses dois jovens paranaenses.
Gabriel no Festival de Teatro de Curitiba/Reprodução redes sociais
Para Gabriel, hoje com 26 anos, a formatura no Colégio Estadual do Paraná representa uma conquista e uma superação muito grande, além de mostrar para as pessoas Down que podem estar onde quiserem e ocupar o espaço que merecem e têm por direito na sociedade.
“Podemos estudar, trabalhar, namorar, fazer amigos, casar e dar exemplos de inclusão”, comenta Gabriel, que planeja trabalhar como ator e ter reconhecimento no que faz. “Quero ser famoso!”
Já Pietra, 22 anos, diz estar muito feliz e emocionada com a formatura no CEP. Ela adora ser atriz, estar envolvida com televisão e em contato com muitas pessoas.
“É muito importante trabalhar na área que gosta. A gente ama fazer isso! Quero fazer filmes, cinema, séries, falar sobre o que é inclusão e também ajudar e inspirar as pessoas”, planeja Pietra.
Os atores Pietra Silvestri e Gabriel Fuverki exercem a atividade de influenciadores digitais, ambos dedicados à responsabilidade social e à conscientização das pessoas.
Os dois começaram a se interessar por trabalhar diretamente na internet, produzir conteúdo, durante a pandemia. Gabriel iniciou com vídeos de dancinhas e coreografias para se divertir nos dias de isolamento social.
A coisa foi ficando mais séria a partir do momento em que os internautas passaram a curtir com mais frequência o que era postado.
“Era como se eu desse companhia a elas durante os dias tristes de pandemia”, analisa Gabriel.
Atualmente, seus posts são sobre sua rotina, seu dia a dia, coisas que faz durante a semana.
“Assim eu dou o meu exemplo de superação, de inclusão e de cidadania. Meus dias são de muitas atividades. Também faço vídeos com a minha namorada, Pietra, com quem também crio conteúdos.”
Reprodução redes sociais
Inspirar as pessoas de forma positiva é um dos principais objetivos de Pietra como influenciadora digital. Desde o início, suas postagens tratam de inclusão e diversidade em vídeos feitos em casa.
Pietra confessa que fazer vídeos inspiradores para as pessoas, que promovam a conscientização sobre problemas como inclusão social, é muito importante para ela. E seu intuito é ampliar cada vez mais o alcance da mensagem.
“Eu quero inspirar muitas pessoas – e não só as pessoas com Down – a nos aceitarem e nos respeitarem como nós somos, felizes. Ter amor, amigos e paciência. Cada um brilha na sua diversidade!”, conclui Pietra.
Namorados há sete anos, Pietra e Gabriel dividem muitos momentos juntos e tiram muitas lições de aprendizado das experiências que vivem.
“Aprendemos muito sobre respeito, como também sobre amizade, amor, ciúmes, e como lidar com tudo isso”, diz Gabriel.
Reprodução redes sociais
Divete Fuverki, mãe de Gabriel, diz acreditar muito que o engajamento do filho como influenciador nas redes sociais ajuda a promover a inclusão, pois considera que as pessoas do seu círculo inclusivo e os seguidores que o acompanham se identificam com o trabalho dele.
“Além disso, o Gabriel sempre frequentou escola de ensino regular e atividades extras curriculares sem auxílio de um professor de apoio, o que fez com que ele conseguisse se relacionar com pessoas de todos os círculos”, comenta Dona Divete.
Já Noemi Rebello, mãe de Pietra, conta que o objetivo da filha é crescer como atriz e influenciadora e atingir o maior número de pessoas de uma forma leve e divertida para a aceitação das diferenças, especialmente para a deficiência intelectual, que considera um dos preconceitos mais arraigados na sociedade atual.
“Pietra tem Down e autismo, o que torna as coisas ainda mais difíceis para ela. Nadamos contra a correnteza mas acreditamos que algo precisa ser feito e não pretendemos parar. Pietra ama fazer esse trabalho e influenciar as pessoas ao amor. Ela se encontrou nessa atividade e faz com responsabilidade e alegria”, conta Noemi.
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